Conselho Eleitoral da Venezuela acata decisão do Judiciário e reafirma reeleição de Maduro

Autoridades da Justiça venezuelana são consideradas "aliadas" do líder chavista

O presidente Nicolás Maduro retrucou acusações de fraude e afirmou que entregará 100% das ata
Foto: Reprodução/ Instagram
O presidente Nicolás Maduro retrucou acusações de fraude e afirmou que entregará 100% das ata

O Conselho Nacional Eleitora l (CNE) da Venezuela afirmou, nesta segunda-feira (26), que acatou a decisão da Suprema Corte do país de declarar Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho.

O Tribunal Superior de Justiça (TSJ) reconheceu a vitória de Maduro na quinta (22), após supostamente revisar as atas eleitorais a mando do presidente, o que repercutiu entre os outros países como uma tentativa do chavista para manipular o resultado.

A presidente do tribunal, Caryslia Rodriguez, disse que não cabem recursos à sentença desta quinta. Quem contestá-la, disseram os juízes, não poderão concorrer nas próximas eleições.

"O material eleitoral avaliado está certificado de forma inquestionável, e os resultados da eleição presidencial de 28 de julho divulgados pelo Conselho Eleitoral Nacional, nos quais Nicolás Maduro foi eleito presidente da república, estão validados", diz a sentença.

Ambas as instituições negaram a divulgação das atas. Elas são vistas como 'braços' do chavismo, alinhadas aos interesses de Maduro.

Crise política na Venezuela

O CNE declarou a vitória de Maduro em 29 de julho, mas as atas eleitorais nunca foram publicadas. Desde então, instalou-se uma crise política na Venezuela, pois tanto o líder chavista quanto a oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, reivindicam a vitória.

A oposição já reagiu à determinação de quinta-feira do TSJ. Nas redes, o oposicionista Edmundo González publicou uma montagem com a palavra "nula" em cima de uma sentença do TSJ. "A soberania reside intransferivelmente no povo", declarou.

"O país e o mundo conhecem sua parcialidade [do TSJ] e, por extensão, sua incapacidade de resolver o conflito; sua decisão só agravará a crise", escreveu González antes da divulgação da sentença.

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