O governo da Venezuela tachou, nesta sexta-feira (23), de "inaceitável ato de ingerência" o repúdio de Estados Unidos e dez países latino-americanos à decisão que chancelou a reeleição do presidente Nicolás Maduro em meio a denúncias de fraude, segundo comunicado lido pelo chanceler Yván Gil.
A Venezuela " rejeita nos termos mais enérgicos o grosseiro e insolente comunicado " no qual Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai condenavam, junto com os Estados Unidos, a sentença da Suprema Corte, disse Gil.
"Pretendem continuar violando o direito internacional cometendo um ato inaceitável de ingerência em assuntos que apenas competem aos venezuelanos", acrescentou.
No comunicado conjunto, os países pedem uma "auditoria imparcial" dos votos das eleições venezuelanas.
"Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validez da declaração do CNE (de que Maduro venceu as eleições), logo depois de que o aesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas (eleitorais, que contabilizam os votos) e da recusa posterior em que se fizesse uma auditoria imparcial e independente", disse o comunicado.