Em uma ação conjunta, 21 países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia
, emitiram nesta sexta-feira (16) uma declaração exigindo que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela apresente as atas eleitorais das eleições de julho deste ano.
A medida representa uma pressão significativa sobre o governo de Nicolás Maduro, que foi proclamado presidente venezuelano com 51,95% dos votos. No entanto, a oposição alega ter vencido a eleição com quase 70% dos votos, acusando Maduro de ser um ditador.
Os países envolvidos pedem uma verificação independente e imparcial dos resultados divulgados pelo CNE, que é alinhado com o governo Maduro. No momento, Estados Unidos, União Europeia e outras nações reconhecem González como o verdadeiro vencedor e exigem a publicação das atas eleitorais.
O documento também expressa preocupação com a repressão policial pós-eleitoral, a violência que resultou em mortes e as detenções arbitrárias, solicitando o fim dessas práticas e a libertação dos detidos.
A carta foi assinada por Argentina, Canadá, Chile, República Checa, Costa Rica, Equador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Itália, Marrocos, Holanda, Reino Unido, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Suriname, Uruguai e União Europeia.
Brasil e a Venezuela
Embora não tenha assinado o documento, o Brasil também apoia a apresentação das atas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não reconhecerá Maduro como vencedor enquanto os documentos eleitorais não forem apresentados, classificando a situação na Venezuela como "preocupante".
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