Maduro recorre à Suprema Corte para garantir reeleição sob pressão internacional

Aliado de Nicolás Maduro, ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela afirmou que o líder da oposição 'não tem condições de negociar nada'

Maduro foi até Suprema Corte do país para garantir sua reeleição, mesmo sob pressão da comunidade internacional
Foto: Agência Brasil
Maduro foi até Suprema Corte do país para garantir sua reeleição, mesmo sob pressão da comunidade internacional

Nesta sexta-feira (9), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, compareceu à Suprema Corte do país para solicitar a validação de sua reeleição, contestada por uma crescente pressão internacional que exige a divulgação das atas da votação de 28 de julho, a qual a oposição acusa de fraude. As informações são da agência France Presse.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), autoridade eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito com 52% dos votos, enquanto seu oponente, Edmundo González Urrutia, obteve 43%. Os detalhes da votação ainda não foram divulgados.

A oposição alega que houve fraude e que possui 80% das atas, que supostamente comprovariam a vitória de González Urrutia. No entanto, as autoridades chavistas rejeitam as evidências apresentadas pela oposição, classificando-as como falsas.

Diosdado Cabello, ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, esteve no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) representando o partido do governo antes da chegada de Maduro. Ele comentou as declarações da líder da oposição, María Corina Machado, feitas à France Presse.

Machado havia sugerido uma "negociação para a transição democrática," que incluiria "garantias, salvo-condutos e incentivos para as partes envolvidas, neste caso o regime derrotado na eleição presidencial."

Cabello respondeu: "Ela não está em condições de negociar nada. Oferecendo condições para quem? Aqui houve um resultado dado pelo CNE, que é o órgão regulador, [no qual] Nicolás Maduro Moros foi o vencedor, aceito pelos venezuelanos e pelas venezuelanas," declarou a jornalistas.


Elvis Amoroso, presidente do CNE, compareceu ao TSJ na segunda-feira (5) e afirmou ter entregado todo o material solicitado, incluindo registros de votação das mesas eleitorais, o registro final da apuração e uma cópia da proclamação de Maduro.

A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, anunciou que o material será analisado em um prazo de 15 dias, podendo ser "prorrogado".

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