O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou ter prendido mais de 1.200 pessoas por conta dos protestos que tomaram as ruas do país após a eleição venezuelana em 28 de julho. O mandatário ainda prometeu capturar outras mil pessoas.
"Todos os criminosos fascistas vão para Tocorón e Tocuyito, para prisões de segurança máxima, para que paguem pelos seus crimes perante o povo", escreveu em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
Parte da população na Venezuela não aceitou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o atual presidente, Nicolás Maduro, reeleito na eleição do último domingo, 28 de julho. A oposição diz que houve fraude e que, na verdade, Edmundo González recebeu mais votos.
Com os protestos, a população venezuelana exige maior transparência sobre os números das urnas apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral. Segundo a oposição, González recebeu 67% dos votos e Maduro 30%.
Até quinta-feira (1º), mais de 1.000 pessoas foram presas por conta dos protestos, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, e 13 foram mortas.
Já a líder da oposição, Maria Corina Machado, afirma que há 16 mortos. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que "11 desaparecimentos forçados" e "ao menos 16 assassinatos" foram registrados nas últimas 48 horas no país.
Um dos líderes da oposição, Freddy Superlano, do partido Voluntad Popular, está entre os desaparecidos . Ele foi levado por agentes do regime na terça-feira, segundo a oposição.
Na quarta (31), Maduro disse que María Corina e Edmundo González deveriam "estar atrás das grades" e afirmou que "a Justiça chegará para eles".
González declarou, na quinta-feira, que se mantém firme após a ameaça de prisão e segue "ao lado do povo". "Nunca os deixarei sozinhos e vou sempre defender sua vontade".
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