Venezuela: principal líder da oposição impedida de competir, María Corina vota em Caracas

María Corina foi impedida de se candidatar às eleições; ela descreveu o voto como "o ato cívico mais importante na História" do país

María Corina Machado vota em Caracas nas eleições presidenciais
Foto: FEDERICO PARRA / AFP
María Corina Machado vota em Caracas nas eleições presidenciais

María Corina Machado, considerada principal líder da oposição da Venezuela que foi impedida de concorrer à Presidência devido a uma inabilitação política, votou em uma seção eleitoral de Caracas neste domingo (28).

Participam da disputa o atual presidente Nicolás Maduro, que tenta a segunda reeleição para mais um mandato de seis anos, e o principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia.

Após depositar seu voto, María Corina fez uma saudação a "todos os venezuelanos que estamos aqui e os que neste momento estão fora da Venezuela ansiosos por voltar". A fala de Corina se refere aos mais de 7 milhões migrantes venezuelanos, que saíram do país em meio a uma deterioração da situação econômica, política e social que contraiu o Produto Interno Bruto (PIB) em 80% em 10 anos.

"Estamos vendo o ato cívico mais importante na História da Venezuela. Os venezuelanos saíram de forma ampla, organizada, em família (para votar)", afirmou.

Venezuelanos vão às urnas eleger novo presidente

Cerca de 21 milhões de venezuelanos vão hoje (28) às urnas eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.

Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.

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