Linhas de trem na França são alvos de ataques no dia da abertura das Olimpíadas de Paris

Os trens do Canal da Mancha, que ligam Londres e Paris, também tiveram serviço interrompido

Linhas de trem em Paris ficaram paralisadas
Foto: Reprodução: X
Linhas de trem em Paris ficaram paralisadas

Em Paris, capital da França, onde irá acontecer a  cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos nesta sexta-feira (26), uma ação coordenada de vandalismo atacou o sistema francês de Trens de Alta Velocidade, o TGV, durante a madrugada. 

A operadora ferroviária estatal afirmou que "ataques incendiários" tinham como alvo instalações das linhas que ligam Paris a várias regiões do país, acrescentando que o tráfego seria bastante afetado durante o fim de semana.

No final desta manhã, a situação começou a ser normalizada. Na estação Gare du Nord, uma das mais movimentadas de Paris, chegaram a ter atrasos de duas horas em partidas e chegadas, principalmente para quem vai para Lille, Amsterdã e Bruxelas.

Já na Gare de l'Est e na Gare de Lyon, não há atrasos no momeno.

É importante ressaltar que somente os trens de alta velocidade foram atingidos por este ataque. A total normalização está prevista somente para segunda-feira (29), segundo a mídia local.

Patrice Vergriete, ministro dos Transportes, afirmou que "todas as evidências que temos mostram claramente que foi deliberado: a hora do dia, as vans encontradas com pessoas fugindo, especialmente no lado sudeste, e os dispositivos incendiários encontrados no local". "Tudo indica que foi um incêndio criminoso", acrescentou.

Vergriete ainda acrescentou que “condena veementemente estes atos criminosos” e que trabalha para restaurar as linhas de trem.

"Atos coordenados atingiram várias linhas do TGV na noite passada e irão perturbar gravemente o tráfego até este fim de semana. Condeno veementemente estas ações criminosas", postou o ministro no X.

1 /5 Estação em Montparnasse, em Paris, em 26 de julho de 2024 Thibaud MORITZ
2 /5 As autoridades francesas abriram uma investigação por 'associação criminosa' e 'deterioração de bens'. Reprodução: Redes Sociais
3 /5 Os alvos principais foram as estações das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no oeste, e Estrasburgo, no leste. Reprodução: Redes Sociais
4 /5 Linhas de trem em Paris estão paralisadas Reprodução: X
5 /5 Na França, são mais de 45.000 policiais, 10.000 soldados e 2.000 agentes de segurança privada destacados. Divulgação

Os trens estão fora de serviço na estação Montparnasse desde as 4h50. Um dos obstáculos seria um incêndio em Courtalain, na região de Eure-et-Loire.

"Os incêndios foram deliberadamente provocados para danificar as nossas instalações", informou a operadora de trens em nota.

Ainda, a Eurostar afirma que o serviço ferroviário através do Canal da Mancha, entre Londres e Paris, também foi paralisado. Trens para a Bélgica também não estão disponíveis.

As operadoras de trens aconselham "todos os passageiros a adiarem suas viagens".

A polícia da França disse que autoridades investigam o caso. Até o momento, não há informações sobre o grupo que atacou o sistema de trens.

Ademais, a ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Casteram, criticou o ataque aos sistema ferroviário e disse que trabalha para garantir o transporte das delegações aos locais de competição. Segundo ela, “jogar contra os Jogos é jogar contra a França", em declaração à mídia francesa.


Segurança

Ontem (25), Israel alertou sobre supostos atendados durante as Olimpíadas que estariam sendo planejados pelo Irã . O ataque seriam destinados a atletas israelenses. Teerã rebateu as acusações .

"Há pessoas que tentam minar a natureza de celebração deste evento", escreveu o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, em uma carta a seu homólogo francês, Stéphane Séjourné.

"Temos informações sobre uma potencial ameaça representada por grupos próximos ao Irã e outras organizações terroristas que buscam realizar ataques contra membros da delegação e turistas israelenses nas Olimpíadas", acrescentou.

Israel compete com 88 atletas, que serão protegidos 24 horas pelos serviços de segurança da França e também da Shin Bet, agência de inteligência israelense.

Na França, são mais de 45.000 policiais, 10.000 soldados e 2.000 agentes de segurança privada destacados. Ainda há airadores de elite posicionados em prédios e telhados e drones que vigiam do céu.

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