Atentado contra Trump: teorias da conspiração ganham força nas redes sociais

Ex-presidente foi ferido no rosto durante comício no sábado (13)

Donald Trump, com sangue no rosto, é cercado por agentes do serviço secreto ap sair de comício em Butler, Pensilvânia, em 13 de julho de 2024
Foto: Rebecca DROKE
Donald Trump, com sangue no rosto, é cercado por agentes do serviço secreto ap sair de comício em Butler, Pensilvânia, em 13 de julho de 2024

Após o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , no último sábado (13), que o deixou ferido no rosto durante um comício em Butler, na Pensilvânia, várias teorias da conspiração surgiram antes mesmo de um parecer oficial da equipe de segurança do evento.

Na Truth Social, plataforma criada por Trump e bastante usada por conservadores, circularam vários memes que sugeriam que o presidente Joe Biden ou Hillary Clinton estariam por trás do ataque, segundo o The New York Times.

As teorias foram fomentadas por aliados de Trump. Um deles foi o congressista republicano Mike Collins, do estado da Geórgia, que sugeriu que o promotor público do Butler, na Pensilvânia, deveria "imediatamente apresentar acusações contra Joseph R. Biden por incitar um assassinato”.

Ainda, o senador Rick Scott, que concorre para ser o próximo líder republicano do Senado, afirma que este não era um "incidente infeliz”, mas "uma tentativa de assassinato por um louco inspirado pela retórica da esquerda radical.”

Já no X (antigo Twitter), plataforma de Elon Musk, a palavra "encenado" ficou em alta. A palavra questionava a legitimidade do ataque e era muitas vezes compartilhada por usuários com selo de verificação, que têm mais alcance na rede social.

Alguns rumores disseram ainda que o atentado teria sido uma encenação por causa de uma fotografia de Trump, ao ser retirado do palco com punho erguido. Segundo eles, a foto era "perfeita demais".

Já os apoiadores de Trump disseram que o ex-presidente combate pedófilos e, por isso, tentaram assassiná-lo. “Este é o preço que você paga quando derruba os pedófilos satânicos da elite", escreveu um deles no X.

Ainda, uma publicação viralizou e alcançou 4,7 milhões de visualizações no X,  sugerindo uma suposta "ordem" de assassinato, possivelmente originada da CIA, relatou a BBC. Outras conspirações envolveram também figuras como Barack Obama e o ex-vice-presidente Mike Pence.

Alguns usuários também insinuaram que o atirador estava ligado a grupos de extrema-esquerda ou agia em nome de pessoas transgênero, embora nenhuma prova tenha respaldado essas alegações.

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O que aconteceu?

O tiroteio ocorreu na tarde de sábado (13) em Butler, Pensilvânia, durante um comício. Jornalistas no local relataram que ouviram “uma série de fortes explosões ou estrondos” antes que agentes do Serviço Secreto corressem em direção a Trump. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, disparou vários tiros de uma “posição elevada”, do telhado de um prédio, antes de ser morto pelas equipes de segurança.

Vídeos mostram Trump sendo rapidamente levado embora por agentes, com sangue no rosto. Os participantes do comício descreveram a situação como “pandemônio”, com confusão generalizada. Alguns pensaram que os sons eram fogos de artifício, enquanto outros viram pessoas sendo atingidas por tiros.

De acordo com o porta-voz de Trump, Steven Cheung, o republicano está bem.

“O presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão”, comunicou Cheung.

Nas redes sociais, Trump disse que foi atingido por uma bala na “parte superior da orelha direita”. Trump relatou que “soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”. Ele também prestou condolências às famílias da vítima fatal e dos feridos.

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