Porta do Inferno: saiba por que cratera na Sibéria não para de crescer

Borda da cratera está retrocedendo aproximadamente 12 metros por ano, apontam cientistas

Cratera na Sibéria conhecida como 'Porta do inferno' não para de crescer
Foto: Reprodução / Reuters
Cratera na Sibéria conhecida como 'Porta do inferno' não para de crescer

A cratera de Batagaika, conhecida como "Porta do Inferno", localizada na Sibéria , está se expandindo rapidamente devido ao derretimento do permafrost (composição de terra, rochas e sedimentos ligados pelo gelo), segundo informações da agência de notícias alemã  Deutsche Welle

Cientistas da Universidade Estatal de Lomonosov, em Moscou, e do Instituto Melnikov para o Permafrost, junto com pesquisadores alemães, observaram que o terreno da  cratera está derretendo.

Os sumidouros, como vistos no terreno, e explicados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), ocorrem quando rochas subterrâneas se dissolvem em água. 

Foto: Reprodução/Nasa
Cratera conhecida como 'Porta do Inferno', na Sibéria


Aquecimento global

A cratera, também conhecida como depressão termocárstica, é um indicador das mudanças climáticas, já que o aumento das temperaturas derrete o "cimento gelado" que mantém a terra estável. 

Além disso, os pesquisadores identificaram que a borda da cratera está retrocedendo aproximadamente 12 metros por ano, enquanto a seção desmoronada está derretendo rapidamente. 

Desde 2014, a cratera cresceu 200 metros, atingindo 990 metros de largura — este é o primeiro estudo a quantificar o volume de gelo em derretimento.

A rápida expansão da cratera de Batagaika é um sinal significativo do  aquecimento do permafrost, conforme relata o site Interesting Engineering. 

Quando o gelo derrete, a matéria orgânica presa nele se decompõe, liberando dióxido de carbono na atmosfera e contribuindo para o aquecimento global.

Estima-se que a cratera libere cerca de 5 mil toneladas de carbono por ano, totalizando aproximadamente 169,5 mil toneladas desde os anos 1970 até 2023. 

A possibilidade de liberar micróbios perigosos na atmosfera é preocupante e destaca a urgência de entender e lidar com os efeitos das mudanças climáticas em nosso ecossistema global frágil.

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