Após a retirada das Forças de Israel (FDI) com o fim das operações no Hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, as Nações Unidas estão planejando uma missão a unidade de saúde para avaliar as instalações e ajudar os pacientes feridos.
De acordo com o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), os agentes das Nações Unidas devem ir ao hospital assim que for “permitido ajudar as pessoas a receber cuidados médicos e avaliar as instalações".
Além disso, foi informado que uma equipe da OMS visitou o Hospital Al-Aqsa, no centro de Gaza, no domingo (31). No mesmo dia, um acampamento dentro do complexo foi atingido por um ataque aéreo israelense.
Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, pediu que parassem de tentar marginalizar a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), que é a maior agência de ajuda humanitária em Gaza.
Ele chamou a UNRWA de “a espinha dorsal da operação humanitária em Gaza” e acrescentou no seu post no X que “qualquer esforço para distribuir ajuda sem eles está simplesmente fadado ao fracasso”. Ele acrescentou: “Nenhuma outra agência tem o mesmo alcance, experiência ou confiança da comunidade necessária para realizar o trabalho”.
Israel anuncia fim das ações no hospital Al-Shifa após 2 semanas
Israel encerrou o cerco de 14 dias ao maior hospital de Gaza nesta segunda-feira (1º). Apesar de ataques a hospitais serem considerados crimes de guerra, a justificativa israelense para as operações militares no local era de que ele era usado como esconderijo dos militantes do Hamas.
Com o fim do cerco, foram descobertos cerca de 300 mortos pelos ataques no hospital até o momento, conforme informado pela Defesa Civil de Gaza.
Israel ainda não divulgou mais detalhes sobre o fim dessa operação do Exército. Porém, a polícia israelense anunciou a prisão da irmã do líder do Hamas Ismail Haniyeh, Sabah Abdel Salam Haniyeh, no sul do país, no âmbito de uma investigação sobre terrorismo, executada pelas forças policiais e pelo Shin Bet.
"É suspeita de ter contatos com operacionais do Hamas e de se identificar com a organização, incitando e apoiando atos de terrorismo em Israel", declarou à Agência France Presse um porta-voz da polícia.
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