Vaticano classifica ação de Israel na Faixa de Gaza como 'carnificina'

O secretário de Estado do Vaticano expressou sua indignação com o número de mortes e classificou a reação israelense como "desproporcional"

Foto: AP
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Parolin

O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Parolin, criticou os ataques israelenses contra o povo palestino em Gaza e o auto número mortes, que superam 30 mil.

“Peço que o direito de defesa de Israel, invocado para justificar a operação militar em Gaza, seja proporcional, o que certamente não é o caso com 30 mil mortos”, disse Parolin.

Ele participava de um evento, na terça-feira passada (13), que celebra o aniversário do reconhecimento da Cidade do Vaticano como cidade-Estado soberana.

O número 2 do Vaticano também reforçou sua indignação “sem reservas” aos ataques do Hamas e de todas as formas de antissemitismo.

Reação de Israel

Ainda assim, as declarações do mais alto representante da diplomacia do Vaticano ressonaram negativamente em Israel. A embaixada israelense junto à Santa Sé classificou as falas como “deploráveis” em um comunicado divulgado na quinta-feira (15).

“Julgar a legitimidade de uma guerra sem levar em conta todas as circunstâncias e dados relevantes leva inevitavelmente a conclusões erradas”, diz a declaração não assinada.