O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou ao premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, para expressar sua oposição a um ataque em Rafah, no extremo-sul da Faixa de Gaza, sem que haja garantias de segurança para os civis palestinos.
A cidade fica na fronteira com o Egito e hoje abriga mais de 1 milhão de pessoas, já que se tornou o principal destino dos indivíduos que fugiram de outras regiões do enclave, especialmente a Cidade de Gaza, durante a ofensiva israelense.
"O presidente reiterou sua opinião de que uma operação militar não deve acontecer sem um plano crível e executável para garantir segurança e apoio aos civis de Rafah", diz um comunicado da Casa Branca.
Durante o telefonema, Biden também "reafirmou seu compromisso de trabalhar incansavelmente para apoiar a libertação de todos os reféns o quanto antes" e destacou a "urgência de assegurar que a assistência humanitária chegue aos civis palestinos".
Israel ensaia iniciar uma ampla ofensiva contra o Hamas em Rafah e já conseguiu libertar dois reféns na cidade no início da semana.
Enquanto isso, Netanyahu publicou um comunicado em que rejeita os "ditames internacionais a respeito de um acordo permanente com os palestinos", acrescentando que isso só será alcançado "através de negociações diretas entre as partes, sem condições prévias".
"Israel continuará se opondo ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino. Tal reconhecimento, na sequência do massacre de 7 de outubro, daria uma enorme recompensa ao terrorismo e impediria qualquer futuro acordo de paz", ressaltou.
Os atentados terroristas de outubro deixaram 1,2 mil mortos em Israel, cuja resposta contra o Hamas na Faixa de Gaza já tirou as vidas de 28,8 mil pessoas, segundo as autoridades locais. Além disso, 234 militares israelenses morreram durante a incursão terrestre no enclave palestino.