O Supremo Tribunal da Rússia chegou à decisão de que o movimento ativista pela causa LGBTQIA+ equivale a uma organização extremista. As informações são do G1.
Validada na última semana, a decisão já desencadeou ações de repressão, incluindo batidas policiais em espaços como bares e boates gays da capital.
"Isto é uma repressão real. Há pânico na comunidade LGBTQIA+ da Rússia. As pessoas estão emigrando com urgência. A palavra que estamos usando é evacuação. Estamos tendo que evacuar do nosso próprio país. É terrível", disse Sergei Troshin, vereador de São Petersburgo que se declarou gay no ano passado, a BBC News.
A justificativa da instituição sobre o veredito foi de que o ativismo do grupo estaria incitando a discórdia social e entrando em conflito com questões religiosas.
Para a oposição do governo de Vladimir Putin, a decisão serve de bode expiatório para distrair a opinião pública das consequências advindas da invasão russa na Ucrânia no período que antecede as eleições presidenciais.
Em princípio, os maiores efeitos em relação à decisão foram a proibição das cirurgias de mudança de sexo, dos tratamentos hormonais, adoção de crianças e casamento entre pessoas LGBTQIA+.
Pessoas que portarem bandeiras com o arco-íris, símbolo da causa, podem levar de 15 dias a quatro anos de prisão.