China: hospitais ficam lotados após casos de doenças respiratórias

Dentre os grupos mais atendidos estão as crianças, com uma fila de atendimento que supera às 13 horas de espera

Hospital de Tianjin
Foto: CCTV - 23.11.2023
Hospital de Tianjin

Os hospitais de Pequim e da região norte da China está sofrendo com uma onda de casos de doenças respiratórias nos últimos dias, ficando sobrecarregados. Os principais pacientes são crianças. Esse é o primeiro inverno no país após o fim das medidas de segurança contra a propagação do Covid-19.

Os atendimentos dos pacientes estão levando horas, deixando centenas de pessoas nas filas de alguns hospitais infantis. As informações foram dadas pela mídia estatal chinesa, publicações nas redes sociais e pela CNN Internacional.

De acordo com a agência estatal, o maior hospital pediátrico nas proximidades de Tianjin, recebeu mais de 13 mil crianças na emergência e em consultas no último sábado (18).

As autoridades de grandes cidades no norte da China e da capital disseram que as doenças que tem surgido são sazonais típicas. Algumas delas, por exemplo, são gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR) assim como a pneumonia por micoplasma. Esta última trata-se de uma infecção leve bacteriana, que atinge crianças.

O aumento em infecções respiratórios no hemisfério Norte é comum nesta época do ano, acontecendo inclusive nos Estados Unidos. Entretanto, no país norte-americano, o VSR tem se espalhado em níveis "sem precedentes" entre as crianças.

A situação na China, no entanto, gerou preocupações à comunidade global após a Organização Mundial da Saúde (OMS) pedir ao país asiático que entregue mais informações sobre a crescente de casos. O comunicado foi emitido na última quarta-feira (22), pelo Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas (ProMED).

Na quinta-feira, a OMS informou que conversou com as autoridades chinesas e funcionários do hospital, e que os dados indicam um aumento de consultas ambulatoriais e internações em crianças com pneumonia por micoplasma em maio e doenças sazonais comuns, como adenovírus e vírus influenza desde outubro.

“Alguns desses aumentos são mais precoces na temporada do que os registrados historicamente, mas não inesperados, dado o fim das restrições da Covid-19, como aconteceu em outros países”, informou o órgão mundial.

Além disso, nenhum patógeno incomum foi detectado nos pacientes que vem sendo atendidos.