Após passar um dia conversando com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o mandatário chinês, Xi Jinping, disse que que Pequim "não aposta contra os EUA" e "não tem intenção de desafiá-los ou derrubá-los". A reunião entre os líderes tinha o objetivo de estabilizar as relações entre os países, que são detentores das duas maiores economias do mundo.
"Não estamos buscando esferas de influência, e não travaremos uma guerra, fria ou quente, com ninguém", disse o presidente chinês. A declaração se deu em um evento em San Francisco, na Califórnia, que aconteceu na noite da última quarta-feira (15), às margens do encontro anual da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico).
"O mundo precisa que a China e os EUA trabalhem juntos, e é errado ver a China como uma ameaça e jogar um jogo de soma zero contra ela", acrescentou Xi Jinping.
De acordo com a agência de notícias Reuters , o mandatário disse que "não importa como o cenário global evolua, a tendência histórica de coexistência pacífica entre a China e os Estados Unidos não mudará".
Após o encontro deles, Biden chamou seu homólogo da China de "ditador", mas afirmou que eles fizeram "progressos" durante a reunião.
"Veja bem, ele é um ditador no sentido de que ele é um cara que lidera um país comunista baseado em uma forma de governo totalmente diferente da nossa. De qualquer maneira, nós fizemos progressos", disse Biden na coletiva de imprensa na noite da última quarta.
Um dia depois, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, rebateu a fala, dizendo que esse tipo de discurso é "extremamente errado" e uma "manipulação política irresponsável".
"Sempre há pessoas com segundas intenções que tentam semear discórdia e arruinar as relações entre China e EUA, mas isso não terá sucesso", acrescentou Mao, sem citar nomes.