O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , suspendeu neste domingo (5) o ministro do Patrimônio Nacional, Amichai Eliyahu, após sua declaração de bombardear a Faixa de Gaza com uma bomba atômica, disse o gabinete do primeiro-ministro.
Num comunicado, o gabinete de Netanyahu disse que “as declarações do ministro Amichai Eliyahu não são baseadas na realidade”.
“Israel e as Forças de Defesa de Israel estão operando de acordo com os mais altos padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes”, afirmou o comunicado.
No domingo anterior, Eliyahu, ministro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit, disse que lançar uma “bomba nuclear” na Faixa de Gaza é “uma opção”.
Durante uma entrevista, Eliyahu também disser ser contrário à "qualquer ajuda humanitária em Gaza".
“Não entregaríamos ajuda humanitária aos nazistas”, disse o ministro. “Não existem civis não envolvidos em Gaza.”
O ministro da extrema-direita também disse que a população palestiniana “pode ir para a Irlanda ou para os desertos, os monstros em Gaza devem encontrar uma solução por si próprios”.
Ele acrescentou: “Qualquer pessoa que agite uma bandeira palestina ou do Hamas não deveria continuar a viver na face da terra”.
O líder da oposição Yair Lapid apelou à demissão de Eliyahu devido às suas declarações.
Lapid afirmou se tratar de “uma declaração chocante e maluca de um ministro irresponsável”.
“Ele prejudicou as famílias dos sequestrados, prejudicou a sociedade israelense e prejudicou a nossa posição internacional”, disse ele no X, antigo Twitter.
“A presença dos extremistas no governo põe-nos em perigo e ao sucesso dos objetivos de guerra – derrotar o Hamas e devolver todos os raptados”, acrescentou o líder da oposição.
Ele também enfatizou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “deve demiti-lo esta manhã”.