Palestina agradece apoio brasileiro 'em todos os níveis'

Ministro das relações exteriores do território se encontrou com chanceler brasileiro Mauro Vieira

Chanceler brasileiro Mauro Vieira se reuniu com integrantes do MRE da Palestina
Foto: Reprodução Twitter
Chanceler brasileiro Mauro Vieira se reuniu com integrantes do MRE da Palestina

O Ministério das Relações Exteriores da  Palestina agradeceu nesta quarta-feira (25) a posição brasileira de defesa dos direitos do povo palestino e "apoio em todos os níveis". 

A nota é assinada pelo ministro palestino, Riyad al-Maliki, que se reuniu com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. 

Na quarta-feira, Vieira participará no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) de uma reunião mensal do colegiado sobre o Oriente Médio e Palestina.

Ele estava no Egito, onde participou da Cúpula de Paz, que discutiu a guerra entre Israel e o grupo armado palestino Hamas. 

“Há muitos incidentes aumentando a violência e levando a vítimas. Buscar a paz exige uma aderência à lei internacional, assim como um trabalho em direção a uma solução de dois estados”, declarou Vieira no encontro. 

Presidindo a sessão, o chanceler brasileiro condenou ainda a ocupação israelense da Cisjordânia e afirmou que as colônias no território comprometem o diálogo pela paz na região.

“Como definido nesse Conselho, a ocupação da Cisjordânia é ilegal e mitiga os esforços de paz. Israel precisa acabar com os assentamentos nos territórios palestinos, incluindo Jerusalém. A diferença de tratamento entre pessoas dos assentamentos e os locais é inaceitável”, declarou o ministro.

A declaração vai ao encontro do que disse o presidente Lula no " conversa com o presidente", na terça-feira . Segundo ele, o "ato terrorista" cometido pelo Hamas contra Israel no dia 7 de outubro não dá ao país o direito de "matar milhões de inocentes".

"Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel, que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade", disse Lula.

Israel entrou em guerra no dia 7 de outubro após o Hamas enviar mísseis e tropas para o território do país hebreu, que contra-ataca com bombardeios diários a Faixa de Gaza, deixando mais de 6 mil mortos.