EUA aconselham Israel a adiar incursão na Faixa de Gaza

Washington quer garantir avanço na libertação de reféns; para isso, será necessário conter planos de ataque terrestre no território de Gaza

Joe Biden e Benjamin Netanyahu
Foto: Reprodução: Redes Sociais
Joe Biden e Benjamin Netanyahu

Os Estados Unidos estão aconselhando Israel a adiar a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza para garantir melhor negociação de reféns, diz a agência Reuters. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já destacou que o país não está por trás da estratégia de Israel, e que é Israel quem deve decidir em qual momento iniciar a incursão em Gaza, mas Washington, o Pentágono e o Departamento de Estado estão articulando uma possível contenção do conflito.

“Estou conversando com os israelenses”, disse Joe Biden no sábado (21), quando perguntado se estaria encorajando Israel a adiar a incursão. O motivo da tentativa, além da crise humanitária que se agrava cada vez mais no território, é ganhar mais tempo na intermediação sobre a liberdade de reféns do Hamas.

Entre sexta-feira (20) e esta segunda-feira (23), duas reféns britânicas e duas reféns israelenses foram soltas. A probabilidade é de que o Hamas esteja mantendo mais de 200 reféns no território de Gaza. 

Os ataques aéreos de Israel em Gaza já somam mais de 5.000 vítimas, e caminhões de ajuda humanitária estão tendo dificuldades para entrar na região. Milhões de palestinos estão sem acesso a recursos como água, alimento, combustível e gás por conta do cerco completo promovido por Israel.