O atual ministro da Economia, Sergio Massa, foi o candidato mais votado no primeiro turno das eleições argentinas. Pela coligação peronista União pela Pátria, Massa alcançou o primeiro lugar na disputa com 9,6 milhões de votos.
O ministro é advogado e tem 51 anos. Nasceu em San Martín, na província de Buenos Aires, e é filho de imigrantes italianos. Se tornou político aos 27 anos, quando foi eleito deputado provincial de Buenos Aires em 1999. Na presidência interina de Eduardo Duhalde, em 2002, foi nomeado diretor da Administração Nacional de Segurança Social (ANSES).
Em 2003, Néstor Kirchner foi eleito presidente e manteve Massa na direção da ANSES. Kirchner e Massa se tornaram grandes aliados, o que possibilitou a permanência do advogado no cargo até o governo da esposa de Kirchner, Cristina.
Na presidência de Cristina, Massa tornou-se chefe de gabinete, mas houve uma ruptura entre os dois ao longo do mandato. A partir desse episódio, Massa se lançou candidato à presidência em 2015, mas perdeu para Maurício Macri.
Em 2019, Alberto Fernández foi eleito presidente e Cristina Kirchner como vice. Massa, por sua vez, foi eleito deputado e acabou se reaproximando de Cristina. Massa passou a exercer a função de presidente da Câmara dos Deputados, e só deixou o cargo quando foi nomeado ministro da Economia em 2022.
Entre os principais planos de Massa para a presidência estão a retomada do equilíbrio fiscal, uma reforma trabalhista, competitividade cambial e a distribuição gratuita de medicamentos.
Apesar da maior parte das propostas do candidato estarem direcionadas à resolver a situação econômica da Argentina, o governo atual, sob o ministério do candidato, falhou em quase todas as metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os últimos números revelados sobre a inflação no país apontam para a porcentagem de 138,3% ao ano.