O Arcebispo Hosam Naoum disse nesta quarta-feira (18) que o Hospital Árabe al-Ahli recebeu avisos por telefone para evacuar no sábado, domingo e segunda-feira. O hospital foi bombardeado nesta terça-feira (17), deixando 471 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Além de 314 feridos, dos quais 28 estão em estado gravíssimo.
“Não somos militares para decidir, não somos jornalistas para analisar, não somos políticos para decidir, o que estamos dizendo aqui é que o que aconteceu no hospital é um crime, é um massacre”, disse Naoum.
Discursando ao lado dos Patriarcas e Chefes das Igrejas em Jerusalém, Naoum não quis declarar quem fez esses avisos.
A autoria do ataque permanece desconhecida. Enquanto o Hamas acusa Israel, o país hebreu diz não ter relação com o massacre e responsabiliza a Jihad Islâmica, que também nega.
O Hospital Batista Al-Ahly Arab era o mais antigo da região, fundado em 1882 e ficava localizado no centro da Cidade de Gaza.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciou três dias de luto, conforme relatado pela agência oficial Wafa. Facções políticas também convocaram o fechamento de estabelecimentos como forma de protesto.
A Faixa de Gaza é alvo de Israel desde o começo dos ataques do Hamas, em 7 de outubro. A ação deixou mais de 1,4 mil mortos, em sua maioria civis. Enquanto isso, os hospitais enfrentam dificuldades para atender os feridos em todo o território, operando com escassez de eletricidade e água.