O radialista e guia turístico brasileiro Marcos Susskind, que vive na cidade de Holon, na zona metropolitana de Tel Aviv, em Israel, ouviu mais uma sirene soar nesta sexta-feira (13) na região em que mora.
"Quando tocam as sirenes, é algo sério, um foguete pode cair na nossa cidade", relata ele, em entrevista ao vivo transmitida pelo portal iG.
Marcos conta que foi ao abrigo antibombas que tem em sua casa e que, cerca de dois minutos após o início das sirenes, ouviu a explosão. "Graças a Deus, a explosão foi no ar. Ou seja, um foguete antimíssil do sistema israelense subiu e explodiu o míssil inimigo no ar. Graças a Deus, não tivemos vítimas físicas e nem danos materiais na nossa cidade", conta.
Nesta sexta-feira, Israel entra no sétimo dia de guerra contra o grupo armado palestino Hamas. Apesar dos ataques constantes que acontecem na região, Marcos diz que se sente mais seguro em Israel do que no Brasil.
"Nós temos abrigos antibombas em todos os lugares. Aqui na minha cidade, há 20 anos, é lei que toda construção, toda residência, tenha um abrigo antibombas dentro de casa. Nós estamos seguros dentro de casa. Nas ruas, há muitos abrigos também. Se você estiver no supermercado, por exemplo, há abrigos", conta ele.
Na região em que Marcos vive, ainda não houve ataques por terra do grupo Hamas, o que poderia gerar um medo maior na população. Como, neste momento, os riscos maiores são de ataques aéreos, ele diz que se sente "muito seguro com os abrigos que temos".
"Mas, mesmo assim, você vê muito menos pessoas nas ruas. A gente nota que os supermercados estão com menos itens nas prateleiras", relata. Assista à entrevista completa:
Guerra
Até o momento de publicação desta matéria, mais de 3 mil pessoas morreram na guerra entre Israel e Hamas. Ao todo, são 1.300 israelenses mortos, segundo o exército de Israel, e 1.799 palestinos mortos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, citado pela imprensa local.
Segundo a pasta, já há mais de 500 crianças palestinas mortas. Há também 6.612 feridos, entre eles 1.644 crianças e 1.005 mulheres. Do lado israelense, há mais de 3,2 mil feridos.
Neste momento, o sistema de saúde palestino está colapsado , já que não tem capacidade para atender a todos os feridos, sobretudo os que precisam de cirurgias. A Faixa de Gaza está cercada por Israel, que impede a entrada de suprimentos básicos e combustíveis, além de ter cortado a eletricidade.