Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (13), a empresa de computação Microsoft informou que hackers com base na China conseguiram violar contas de e-mail de diversas agências do governo dos Estados Unidos. A empresa iniciou uma investigação sobre atividades suspeitas em 16 de junho, identificando um usuário conhecido como Storm-0558, que obteve acesso a aproximadamente 25 organizações, incluindo agências governamentais.
Embora a Microsoft não tenha identificado as agências atacadas, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que atividades anômalas foram detectadas e medidas imediatas foram tomadas para proteger os sistemas de informação. O governo americano, no entanto, não divulgou mais detalhes sobre o incidente.
Segundo informações do jornal "The Washington Post", as Forças Armadas, a comunidade de Inteligência e as contas de e-mail militares não foram comprometidas. As contas invadidas não continham informações classificadas como sigilosas. O Departamento de Estado e o endereço de e-mail da secretária de Comércio, Gina Raimondo, estão entre os afetados.
De acordo com a rede CNN, os hackers chineses tiveram como alvo um número limitado de agências federais e contas específicas de funcionários de cada agência.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou ao diplomata chinês Wang Yi que os hackers serão responsabilizados. O governo americano deixou claro para a China que qualquer ação contra o governo, empresas ou cidadãos americanos é motivo de grande preocupação, e medidas serão tomadas para responsabilizar os responsáveis.
Charlie Bell, vice-presidente-executivo da Microsoft, declarou em um blog que a avaliação é de que o objetivo desse adversário é a espionagem, ou seja, obter acesso aos sistemas de e-mail para coletar dados de inteligência.
O incidente está sendo investigado e novas informações serão divulgadas conforme a consulta com a Microsoft avança, de acordo com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, em uma entrevista ao programa Good Morning America.
O Comitê de Inteligência do Senado dos EUA, presidido pelo senador Mark Warner, está monitorando de perto o que parece ser uma violação significativa da segurança cibernética por parte da Inteligência chinesa.