Bombas de fragmentação enviadas dos EUA chegam à Ucrânia

General afirmou que ainda não usou os artefatos explosivos

Foto: Reprodução/Twitter @ZelenskyyUa - 28.04.2023
Artefato explosivo é polêmico em função de seu alto poder de destruição

Um general ucraniano confirmou nesta quinta-feira (13) que o país recebeu as  controversas bombas de fragmentação dos Estados Unidos.

"Acabamos de receber, mas ainda não utilizamos", declarou o militar Oleksandr Tarnavskyi em entrevista à emissora CNN .

Ainda de acordo com o general, os artefatos explosivos "podem mudar radicalmente" a situação no campo de batalha. Além disso, Tarnavskyi comentou que as forças ucranianas terão uma "vantagem" com esse novo armamento.

O general confirmou que o exército ainda decidirá as "áreas onde será possível utilizar" as bombas de fragmentação, acrescentando que os russos se enganam ao pensar que as forças de Kiev usarão o equipamento "em todas as áreas do fronte".

Esse artefato explosivo recebido pela Ucrânia é  proibido em mais de 100 países por seu alto poder de destruição.

Chamado também de "cluster", ele é composto por uma caixa que se abre no ar e espalha inúmeras bombas menores.

Vale destacar que Estados Unidos, Ucrânia e Rússia não assinaram o tratado que proíbe a produção e a utilização das bombas de fragmentação.

O problema é que muitas dessas sub-bombas não explodem no primeiro impacto, fator que pode acarretar sérios riscos para civis, assim como acontece com as minas terrestres.

Uma pesquisa da própria CNN apontou que quase 95% das vítimas da bomba de fragmentação são civis, principalmente crianças.