O candidato à presidência do Paraguai, Paraguayo Cubas, cresceu oito pontos nas pesquisas, conquistando o terceiro lugar. As votações ocorrem no próximo domingo (30), mas há incertezas de quem assumirá o pleito. No país, diferentemente do Brasil, não há possibilidade de um segundo turno.
Além de Cubas, seguem na liderança nas pesquisas os candidatos Efraín Alegre, representante do Partido Liberal Radical Autêntico, e Santiago Peña, do Partido Colorado. Ambos aparecem empatados tecnicamente, com 34% e 33% respectivamente. Já Cubas segue em terceiro lugar, com 23% de intenção de votos.
Entretanto, o candidato vem ganhando visibilidade pelas falas extremistas que possuí contra brasileiros. Ele já atuou como senador, mas teve o mandato cassado em 2019 após afirmar em vídeo que mataria "100 mil brasileiros bandidos" que viviam no país. Cubas fez tal afirmação durante a participação de uma operação em que se apreendeu madeira ilegal na propriedade de um brasileiro. Cerca de 1 milhão de brasileiros vivem no país atualmente.
Na mídia, Cubas foi apelidado como "Bolsonaro do Paraguai" por conta das similaridades de discurso entre o extremista e o ex-presidente brasileiro. Ele se intitula como "contra o sistema vigente" desde a candidatura à presidência em 1993, e segue tentando derrubar o atual governo que se estende há 10 anos. Cubas apresenta um discurso anticorrupção, e tem como principal portal de contato com os eleitores as redes sociais. As postagens do candidato são questionadas pela veracidade das informações, além da distorção de dados acerca da situação do país.
Até o momento, não há consenso nas pesquisas sobre quem é o favorito as eleições 2023. Entretanto, os dados do Atlas indicam uma maior recepção para que o presidente seja da oposição, com 53% dos paraguaios demostrando tal interesse. A possibilidade de Cubas assumir a cadeira cresce por conta do discurso anticorrupção, que é um dos "maiores problemas a ser combatido”, segundo a população.