UE rebate Lula e diz que ajuda à Ucrânia não prolonga guerra

Petista acusou bloco europeu e EUA de colaborarem com a guerra e responsabilizou Moscou e Kiev pelo conflito

União Europeia rebateu críticas de Lula e culpou Rússia por conflito contra a Ucrânia
Foto: Reprodução/Flickr
União Europeia rebateu críticas de Lula e culpou Rússia por conflito contra a Ucrânia

A União Europeia rebateu nesta segunda-feira (17) as acusações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que a  ajuda armamentista à Ucrânia estaria colaborando para o prolongamento do conflito entre Kiev e Moscou. A fala do petista aconteceu em coletiva de imprensa nos Emirados Árabes Unidos.

Em pronunciamento, o porta-voz do bloco europeu disse que a guerra tem apenas a Rússia como culpada. A União Europeia, no entanto, evitou comentar o posicionamento do governo brasileiro sobre o conflito.

“O fato número é que a Rússia – e somente a Rússia – é responsável. Ela gerou provocações e agressões ilegítimas contra a Ucrânia. Não há questionamentos sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, disse Peter Stano, porta-voz da UE.

Nos últimos dias, Lula tem feito críticas públicas as potências ocidentais sobre a participação dos países na disputa entre Rússia e Ucrânia. Nos bastidores, as declarações são vistas como sinalização aos chineses, que assinaram parcerias comerciais com o Brasil no fim de semana.

As falas do petista preocupam a ala política com relação aos Estados Unidos, que fez duras críticas à Lula pela reunião com os chineses. O presidente brasileiro ainda se encontrou com o chanceler russo, Serguei Lavrov, nesta segunda-feira.

John Kirby, coordenador de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca,  classificou como ‘problemática’ a maneira como o petista abordou o tema. A declaração foi feita nesta segunda-feira em uma conversa com jornalistas.

"É profundamente problemático como o Brasil abordou essa questão de forma substancial e retórica, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra", ressaltou.