Ações militares: China está desafiando ordem internacional, diz Taiwan

Chineses realizam exercícios ao redor da ilha em retaliação ao encontro de presidente Taiwanesa com autoridade dos EUA

Taiwan critica exercícios militares da china
Foto: Flickr
Taiwan critica exercícios militares da china


O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan criticou, nesta segunda-feira (10), a realização de exercícios militares da China ao redor da ilha. Os atividades são uma retaliação ao encontro da presidente taiwansea com autoridades dos EUA. 

O órgão taiwanês pontua que a presidente Tsai Ing-wen exerceu um direito básico de soberania de uma nação ao viajar para os EUA e se reunir com o presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Kevin McCarthy.

"O MOFA reitera que o chefe de Estado da ROC (Taiwan) exerce um direito básico de uma nação soberana quando viaja para outros países para se envolver em atividades diplomáticas, e que a China não tem o direito de intervir. Ao usar isso como pretexto para realizar ações provocativas, a China está claramente desafiando a ordem internacional e minando a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e na região", informou o comunicado


Na sequência, o ministério ressalta que "condena as ações da China nos termos mais fortes possíveis" mas que, por sua vez, não escalará conflitos, não "instigará disputas" e que defenderá firmemente a sua soberania nacional, democracia e liberdade. 

"Taiwan também continuará a manter estreitas comunicações e coordenação com os Estados Unidos e outros países afins para deter conjuntamente a expansão autoritária e a agressão, preservar a ordem internacional baseada em regras e defender um Indo-Pacífico livre e aberto", completa a nota.

A China informou no último sábado (8) que tinha iniciado a realização de exercícios militares em torno da ilha de Taiwan. A "patrulha de segurança", como foram definidas as atividades, devem durar até esta segunda-feira. 

Já a emissora estatal chinesa "CCTV" informou que nos exercícios do sábado foram "simulados ataques de precisão conjuntos contra objetivos-chave na ilha de Taiwan e nas águas territoriais". Os aviões ficaram no "espaço aéreo do objetivo" e as forças de terra realizaram "exercícios para atacar precisamente os vários objetivos".

Segundo um último boletim divulgado pelo Ministério da Defesa da ilha , as ações foram intensificadas no domingo (9), e foram usados 11 navios de guerra e 70 jatos ao redor de Taiwan. A ação está "cercando" a localidade.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.