Crianças ucranianas levadas ilegalmente para a Rússia voltam para casa

ONG Save Ukraine afirmou que tanto os jovens como seus pais precisam agora de "recuperação psicológica"

Crianças ucranianas levadas ilegalmente para a Rússia retornam para o país de origem
Foto: Divulgação/Save Ukraine
Crianças ucranianas levadas ilegalmente para a Rússia retornam para o país de origem


A ONG Save Ukraine informou, nesta sexta-feira (7), que 31 crianças que foram  levadas ilegalmente da Ucrânia para a Rússia retornaram ao seu país de origem. Os jovens foram "sequestrados" nas cidades de Kherson e Kharkiv.

“Tanto as crianças quanto seus pais têm uma recuperação psicológica e física pela frente. E continuaremos cuidando deles até que as famílias voltem para suas casas”, informou a organização humanitária em comunicado. 

Um vídeo compartilhado por Mykola Kuleba, fundador da Save Ukraine, mostra as crianças se reunindo para entrar em um ônibus. Elas estavam carregando algumas malas e algumas até mesmo bichinhos de pelúcia. 





Acusação de 'campos de reeducação'

Um relatório publicado pelo Observatório de Conflitos — um grupo de pesquisa independente financiado pelo Departamento de Estado americano —  acusa a Rússia de manter cerca de 6 mil crianças ucranianas em "campos de reeducação". A ação é considerada como um crime de guerra.

Segundo o documento, desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, há cerca de um ano, algumas crianças de, às vezes, quatro meses eram destinadas para 43 acampamentos localizados em todo o território russo, incluindo a Crimeia, região anexada por Moscou. Nestes locais, as crianças receberiam uma "educação patriótica” pró-Rússia.

O relatório, que é escrito pelo laboratório de pesquisa humanitária da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, diz que "é inconcebível que se trate de transferências e deslocamentos forçados de crianças". Ele ainda pede que as autoridades russas "parem imediatamente" com a ação, e que "devolvam as crianças às suas famílias".

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