Internado, Berlusconi pede 'empenho máximo' de partido conservador

O político está internado com leucemia mielomonocítica crônica (LMMC)

Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi
Foto: paz.ca / Wikimedia Commons
Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi

Internado na UTI do hospital San Raffaele , em Milão, o senador e ex-premiê italiano Silvio Berlusconi , 86 anos, telefonou nesta quinta-feira (6) para alguns dirigentes de seu partido, o conservador Força Itália (FI), para pedir um "empenho máximo" porque "o país precisa de nós".

Em nota oficial, a sigla informou que  o político diagnosticado com leucemia mielomonocítica crônica (LMMC) conversou com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, um de seus principais aliados e coordenador nacional do FI, o líder da bancada na Câmara, Paolo Barelli, o vice-presidente do Senado, Maurizio Gasparri, e para outros líderes do partido.

Durante a ligação, Berlusconi recomendou "o máximo comprometimento no Parlamento, no governo e na Força Itália porque o país precisa de nós".

"Todos lhe garantiram que não perderão a atenção e estarão presentes para seguir as suas indicações na espera que ele retorne rápido e volte a ser o lutador de sempre", acrescenta o comunicado.

Tajani afirmou ainda que Berlusconi teve uma noite tranquila.

"Caro presidente Berlusconi, a melhor maneira de estar perto de você é continuar trabalhando pelo bem da Itália. Assim como você sempre nos pediu. Vamos!, escreveu o chanceler italiano no Twitter.

De acordo com Barelli, "não há revolução no partido" e Berlusconi apenas "quis ser informado dos trabalhos parlamentares e da atividade do partido como se nada tivesse acontecido".

"No telefonema desta manhã era ele, mais do que lúcido.

Berlusconi se preocupava com os trabalhos parlamentares, detalhava os trabalhos da Câmara, falava das relações com o governo, como uma pessoa atenciosa. Ele me perguntou sobre as atividades do grupo e reiterou, em suas palavras, que 'todos nós do Força Itália trabalhamos para o país'", acrescentou Barelli.

Segundo o líder da bancada na Câmara, o ex-premiê italiano "está reagindo às terapias, de resto não vou entrar no mérito das questões de saúde". "Vamos esperar os médicos fazerem".

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