Israel pede que Europa reforce luta contra antissemitismo

O presidente Isaac Herzog fez a declaração durante reunião no Parlamento Europeu na véspera do Dia da Lembrança do Holocausto

Presidente de Israel, Isaac Herzog
Foto: Yahoo - 26.01.2023
Presidente de Israel, Isaac Herzog

Durante reunião no Parlamento Europeu, às vésperas do Dia da Lembrança do Holocausto, o presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu que o continente reforce as lutas contra o antissemitismo. Segundo Herzog, nos últimos tempos houve um aumento nas mensagens de ódio, principalmente no meio digital.

"O discurso antissemita se fortalece não só nos regimes obscuros, mas também no coração do Ocidente livre e democrático", afirmou o presidente durante o discurso.

Herzog levantou que o "ódio" e a "negação do Holocausto" ainda perdura, pedindo aos "funcionários eleitos da Europa" não ficarem "parados". "É necessário ler os sinais de alerta, identificar os sintomas da pandemia do antissemitismo e combatê-la a todo custo", completou.

Segundo o relatório publicado pela União Europeia (UE), as desinformações antissemitas "floresceram" no meio digital desde a invasão da Rússia na Ucrânia. A Comissão Europeia vem apresentando uma estratégia desde 2021 para haver um combate dessa escalada de casos.


O presidente pediu para que os políticos não confundam as críticas a Israel com a negação da "existência do Estado", dizendo que "colocar em dúvida o direito do povo judeu a existir como um estado-nação não é uma diplomacia legítima [...] é o antissemitismo no sentido pleno da palavra e deve ser completamente erradicado".

Vale ressaltar que os países do bloco europeu possuem posicionamentos diferentes sobre o Estado de Israel, muitas vezes estando ao lado dos palestinos no conflito.

Em 2022, a UE e Israel voltaram a ter reuniões de conselho conjuntas, após um afastamento do Estado que criticou duramente Bruxelas acerca da expansão dos assentamentos na Cisjordânia. Entretanto, após o retorno de Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro de Israel, trazendo à frente um governo de extrema-direita, diminuíram as esperanças de um diálogo mais efetivo e uma melhora na relação.