O presidente francês, Emmanuel Macron
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O presidente francês, Emmanuel Macron

A Justiça da França começou a julgar nesta terça-feira (17) membros de um grupo de ultradireita acusados de planejar assassinar o presidente Emmanuel Macron em 2018. Os réus, 11 homens e duas mulheres, também tinham como objetivos matar imigrantes, aterrorizar mesquitas e tentar um golpe de Estados.

A investigação começou em outubro de 2018 após a inteligência francesa encontrar informações de que o ativista da extrema direita Jean-Pierre Bouyer, segundo principal líder do grupo da extrema-direita Les Barjols, tinha a intenção de matar Macron.

Segundo a apuração da polícia da França, Bouyer estipulou a data de 11 de novembro para assassinar o presidente francês. A ideia era que o episódio ocorresse no centenário do armistício da Primeira Guerra Mundial.

Jean-Pierre acreditava que teria apoio popular para dar um golpe de estado, porque o país europeu passava por um grave momento social. O aumento dos preços dos combustíveis iniciou uma série de protestos em várias partes da França e colocou em risco o mandato de Emmanuel.

Só que o plano de Bouyer não deu certo e ele foi preso em novembro daquele ano com outras três pessoas. Os policiais encontraram na residência do ultradireitista armas e munições.

Nas semanas seguintes, novas prisões aconteceram. O Les Barjous possuía cinco mil membros e alguns líderes foram presos. Em 2020, Denis Collinet, fundador do grupo, parou na cadeia.

Deputados franceses também corriam risco de serem assassinados

O grupo também planejava assassinar deputados e migrantes para aterrorizar a França. Porém, nenhum dos objetivos foi alcançado.

Os advogados dos acusados dizem que todas as denúncias são mentirosas e fazem parte de uma “ficção de um movimento de ação violenta”. Eles pedem que as acusações sejam contextualizadas nos protestos que aconteciam na época.

Depois de toda a confusão que ocorreu, a França já passou por novas eleições e Macron foi reeleito. Atualmente, o país europeu vive um período de estabilidade, já que as manifestações chegaram ao fim.

O julgamento dos membros do grupo de extrema-direita acontecerá até o dia 3 de fevereiro na França.

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