Policial londrino admite ter cometido crimes sexuais por 17 anos

David Carrick, de 48 anos, se declarou culpado de crimes de estupro, cárcere privado e atentado ao pudor contra 12 mulheres

David Carrick admitiu ter cometidos crimes sexuais ao longo de 17 anos
Foto: Reprodução/redes sociais
David Carrick admitiu ter cometidos crimes sexuais ao longo de 17 anos


Um policial britânico asusmiu ter cometido diversos crimes sexuais contra mulheres ao longo de quase duas décadas. O oficial trabalha em uma unidade especial encarregada de proteger parlamentares e diplomatas estrangeiros.

Em uma audiência realizada nesta segunda-feira (16), David Carrick, de 48 anos, se declarou culpado de quatro acusações de estupro, cárcere privado e atentado ao pudor. Estes crimes foram cometidos contra uma mulher de 40 anos, em 2003. 

Em uma outra audiência, esta realizada em dezembro do ano passado, o policial que atua em Londres ja havia se declarado culpado de 43 crimes, incluindo 20 acusações de estupro. Os crimes foram cometidos contra 12 diferentes mulheres até 2020.


Carrick conheceu algumas de suas vítimas em aplicativos de relacionamento, como Tinder e Badoo. Ele admitiu além dos crimes de estupro, ele admitiu ter trancado vítimas na sua casa sem comida e forçando-as a limpar sua casa nuas, além de ter chicoteado e urinado em algumas mulheres. 

O policial ingressou na Polícia Metropolitana de Londres e 2001, trabalhando em Merton e Bernet até 2009. Foi nesse momento em que ele foi promovido ao comando de proteção parlamentar e diplomática, uma unidade de elite que serve as embaixadas localizadas em Londres.

Pronunciamento de autoridades

A Polícia Metropolitana de Londres se pronunciou por meio de comunicados escritos por duas diferentes autoridades.  Mark Rowley, comissário da corporação, definiu como "repugnante" os crimes cometidos por Carrick.

"Este homem abusou das mulheres da maneira mais repugnante. É repugnante. Nós decepcionamos mulheres e meninas e, de fato, decepcionamos os londrinos. As mulheres que sofreram e sobreviveram a essa violência foram inimaginavelmente corajosas, e corajosas em se apresentar", afirmou. 

"Nós falhamos. E eu sinto muito. Ele não deveria ter sido um policial." Mark ressaltou ainda que a polícia falhou em não ter ao não conseguir "erradicar" as ações do "misógino". 

"Peço desculpas a todas as vítimas de David Carrick. E também quero pedir desculpas a todas as mulheres em Londres que sentem que as decepcionamos", completou. 

Barbara Gray, comissária assistente da Polícia Metropolitana, também pediu desculpas às mulheres vítimas de David , e o classificou com um "prolífico criminoso sexual". 

“Ele devastou a vida das mulheres. Ele teve um impacto devastador na confiança de mulheres e meninas que estamos trabalhando tanto para conquistar. Ele devastou colegas", disse. “Lamentamos muito que Carrick tenha continuado a usar seu papel como policial para prolongar o sofrimento de suas vítimas", completou.

Já o prefeito de Londres, Sakid Khan, pontuou que diversas perguntas devem ser respondidas para explicar como o criminoso conseguiu utilizar da sua posição de policial de "maneira horrenda" por tanto tempo. 

"É vital que todas as vítimas do crime tenham confiança em nossa polícia, e simplesmente devemos fazer mais para elevar os padrões e capacitar os líderes policiais a livrar o Met e todos os outros serviços policiais dos oficiais que são claramente incapazes de servir", destacou em comunicado.

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