Nesta quarta-feira (4), a Colômbia cancelou um cessar-fogo com os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN), após o de guerrilha apontar que não concordava em interromper os combates.
Menos de quatro dias após o anúncio, a reversão da decisão é algo ruim nos planos do presidente Gustavo Petro , que pensa em levar a paz ao país andino. O conflito já matou 450 mil pessoas em cerca de 60 anos.
Ex-rebelde de guerrilha, Petro havia anunciado um cessar-fogo de seis meses na véspera de Ano Novo, incluindo também gangues criminosas como o Clan del Golfo e grupos dissidentes dirigidos por ex-membros rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O ELN apontou nesta terça (3) que o cessar-fogo era uma proposta a ser discutida nas negociações de paz em curso com o governo.
O ministro do Interior, Alfonso Prada, disse que o ELN apontou a importância de um cessar-fogo bilateral durante várias ocasiões e os rebeldes pediram ao governo que respondesse ao cessar-fogo unilateral de Natal com um esforço bilateral.
"Sob esse entendimento, o governo colombiano declarou o cessar-fogo bilateral", disse Prada. "Mas diante da posição assumida publicamente ontem, segundo a qual o protocolo do cessar-fogo deveria ser levado à mesa de negociações, decidimos suspender."
O governo pediu ao Exército de Libertação Nacional que dê uma trégua enquanto a questão é debatida nas negociações.
"Só quando tivermos as condições dos protocolos totalmente acordadas poderemos retirar a suspensão", afirmou, adicionando que os militares e a polícia podem continuar sua ofensiva contra os rebeldes.
Alfonso Prada disse que o cessar-fogo deve cotinuar vigorando com os outros quatro grupos - dissidentes das Farc conhecidos como Estado Mayor Central e Segunda Marquetalia; o Clan del Golfo; e as Autodefesas de Sierra Nevada.
Petro afirmou que ainda conversará com grupos armados de todos os tipos para para tentar pactos de rendição e acordos de paz.
*com informações de agências internacionais
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