EUA: incitador do motim no Capitólio é condenado a 5 anos de prisão

Douglas Jensen foi um dos manifestantes flagrado perseguindo um policial no dia 6 de janeiro de 2021

Douglas Jensen é condenado a 5 anos de prisão por invasão ao Capitólio
Foto: Reprodução/Twitter
Douglas Jensen é condenado a 5 anos de prisão por invasão ao Capitólio


Um homem considerado um dos principais responsáveis por incitar a desordem durante a invasão do Capitólio dos Estados Unidos , em janeiro de 2021, foi condenado a 5 anos de prisão nesta sexta-feira (16). 

Douglas Jensen, de 41 anos e natual do estado norte-americano de Iowa, foi declarado culpado em cinco diferentes crimes, como agressão, resistência impedimento de um policial, e obstrução de um processo oficial. 

Jensen também estará em liberdade condicional por três anos após sua libertação e terá que pagar 2.000 dólares em restituição. Ele foi uma das dez primeiras pessoas a entrarem no Capitólio no dia 6 de janeiro do ano passado. 

Ele estava detido na prisão de Alexandria, localizada no estado americano da Virgínia, antes da sentença. Agora ele será transferido para a custódia do Bureau of Prisons dos EUA


Os promotores que tratam dos investigados pelo motim classificam Douglas como "garoto-propaganda da insurreição", muito pelo fato dele ser uma das pessoas flagradas perseguindo o policial Eugene Goodman. 

De acordo com Timoth Kelly, juiz que sentenciou Jensen, Eugene evitou "milagrosamente" um derramamento de sangue durante a invasão. Isso porque o oficial conseguiu conduzir, sozinho, toda a multidão para longe do Senado. 

“Você, por suas próprias ações, se coloca na vanguarda dessa máfia”, disse o magistrado ao emitir a sentença. Ele afirmou ainda que o condenado "não foi um herói e nem um patriota", e que uma tradição de  transferência de poder pacífica dos EUA foi quebrada por Douglas e outros manifestantes. 

“Não podemos, como país, permitir que o que aconteceu em 6 de janeiro de 2021 aconteça novamente”, acrescentou Kelly.

Durante a audiência, Jensen pareceu não expressar arrependimento em relação à incitação do motim, e disse pouco mais do que "quero voltar a ser um homem de família e ter uma vida normal antes de me envolver na política".  

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