Os vencedores do Prêmio Nobel da Paz de 2022 receberam a honraria neste sábado (10) em cerimônia realizada em Oslo , na Noruega. No discurso, eles criticaram a invasão da Rússia e seus aliados e defenderam o trabalho da sociedade civil na luta por direitos humanos.
O ativista bielorrusso de direitos humanos Ales Byalyatski e a organização russa de direitos humanos Memorial e o Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia estão entre os vencedores.
Segundo o Comitê do Nobel, os esforços "extraordinários" dos vencedores para documentar crimes de guerra, abusos de direitos humanos e abusos de poder foram cruciais na escolha. O ganhadores dividiram prêmio no valor equivalente a cerca de R$ 10 milhões.
Um dos vencedores, Ales Byalyatsky, está preso na Belarus e por isso foi representado por sua esposa, Natalya Pinchuk. Já os presidentes das duas organizações vencedoras, Jan Rachinsky da Memorial e Oleksandra Matwijtschu do Centro de Liberdades Civis, compareceram à premiação.
"Ales [Byalyatski] e todos nós sabemos a importância e o risco de cumprir a missão dos defensores dos direitos humanos, especialmente, no momento trágico da agressão da Rússia à Ucrânia", disse Pinchuk.
Ela lembrou algumas falas do marido preso político. "Toda Belarus está em uma prisão".
Já Matviychuk acusou a Rússia de atacar civis e disse ser contra negociações com a Rússia. "Temos que estabelecer um tribunal internacional e levar Putin, Lukashenko e outros criminosos de guerra à justiça", garantiu Matviychuk.
Rachinski da ONG Memorial comentou sobre o trabalho de documentação da repressão em território russo. "Hoje em dia, o número de presos políticos na Rússia é superior ao total de toda a União Soviética no começo do período da perestroika, na década de 1980", afirmou.
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