Putin decreta lei marcial em regiões ocupadas da Ucrânia

Ao Conselho de Segurança Nacional russo, Putin anunciou declaração imediata da lei marcial em Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk

Vladimir Putin decreta lei marcial na regiões anexadas da Ucrânia
Foto: Sergei Ilyin / Kremlin Pool
Vladimir Putin decreta lei marcial na regiões anexadas da Ucrânia

O presidente Vladimir Putin anunciou nesta quarta-feira (19) que Rússia impôs lei marcial nas quatro regiões da Ucrânia anexadas ilegalmente no mês passado (setembro). Dirigindo-se ao Conselho de Segurança Nacional russo, Putin anunciou a declaração imediata da lei marcial em Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk , bem como o estabelecimento de um novo conselho de coordenação estatal destinado a cumprir os objetivos do que ele chamou de 'operação militar especial'.

As forças militares russas ainda lutam para manter o controle sobre o território em meio a alguns avanços das forças ucranianas. No mês passado, as quatro regiões realizaram referendos controversos sobre a adesão à Rússia.

“Agora precisamos formalizar esse regime dentro da estrutura da legislação russa. Portanto, assinei um decreto sobre a introdução da lei marcial nesses quatro súditos da Federação Russa”, disse ele em rede nacional.

A anexação foi amplamente criticada como ilegítima pela comunidade internacional e claro, pela Ucrânia. Alguns moradores alegaram que foram intimidados ou forçados a votar e que o resultado da votação foi predeterminada. 

Ainda hoje, Putin também assinou uma ordem introduzindo elementos de medidas de guerra para regiões que fazem fronteira com a Ucrânia – como Crimeia, Belgorod, Voronezh, Kursk e Rostov, entre outras áreas que são de palco da guerra da Rússia na Ucrânia e estão sob crescente pressão militar. 

A ordem permite a mobilização econômica das regiões pela Rússia mas  não especifica as regiões e aparentemente lançar bases legais para organizar os moradores a apoiarem os serviços militares e de segurança.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse na noite da terça-feira, que o de mísseis e drones contra infraestrutura e outros alvos distantes da frente, desativou 30% das usinas de energia de seu país desde que os ataques começaram em 10 de outubro.

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