O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU informou, nesta sexta-feira (14), que o Haiti enfrenta uma crise "catastrófica" de fome devido à situação socioeconômica no país caribenho.
A instituição divulgou que a fome no país atingiu o nível 5, o mais alto no índice de Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC). O dado foi registrado no bairro de Cité Soleil, localizado em Porto Príncipe , capital do país.
A última análise do IPC aponta que 4,7 milhões de pessoas enfrentam fome aguda no país (nível 3), 1,9 milhão estão em fase de emergência (nível 4) e 19 mil cidadãos estão em fase de catástrofe (nível 5).
O aumento dos índices de fome entre os haitianos tem como uma das principais causas a escalada de violência que pode ser observada atualmente no país . Grupos armados disputam o controle de Porto Príncipe, fazendo com que moradores percam acesso ao emprego e a serviços de saúde e alimentação.
As chuvas abaixo da média e o terremoto que atingiu o país em 2021 também são dois fatores que contribuem para os altos índides ce insegurança alimentar no Haiti .
Surto de cólera
A saúde da nação caribenha também é um setor que merece atenção. Um surto de cólera que começou a ser noticiado no dia 2 de outubro já deixou ao menos 18 mortos.
Também foram registrados 357 casos suspeitos, com mais da metade em crianças menores de 14 anos. O maior risco é para a faixa etária de 1 a 4 anos.
As notificações dos órgãoe sde saúde fizeram surgir o temor de que uma nova epidemia da doença possa se propagar pelo país. Em 2019, 10 mil pessoas morreram pela enfermidade no local.
A cólera é uma doença que afeta o intestino delgado e é causada pela bactéria Vibrio choler. Sua transmissão se dá normalmente pela água contaminada com as fezes de uma pessoa doente. Sendo assim, o acesso das populações à água potável é fundamental para evitar a propagação da doença.
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