Pressionado após abstenções, o Brasil apoiou, nesta quarta-feira (12), uma resolução na Assembleia Geral da ONU que condena a anexação de quatro regiões ucranianas à Rússia.
A iniciativa recebeu 143 votos a favor e cinco contra — além da própria Rússia, foram na contramão Bielorrússia, Coreia do Norte, Nicarágua e Síria. Outras 35 nações se abstiveram, entre elas China e Índia.
A resolução aprovada é semelhante à bloqueada no dia 30 de setembro pela Rússia no Conselho de Segurança — como é um dos cinco integrantes permanentes no órgão, Moscou tem o poder de veto. O Brasil, que é membro rotativo do órgão, absteve-se naquela votação.
Depois de ter condenado a invasão da Ucrânia no início da guerra, o governo brasileiro vinha adotando posição de neutralidade.
Os últimos acontecimentos da guerra, no entanto, levaram a uma situação limite, e o Brasil sempre reage neste tipo de situações.
As recentes votações do Brasil causaram mal-estar nos Estados Unidos e na União Europeia (UE). Representantes de governos europeus foram inclusive ao Itamaraty nos últimos dias para conversar com autoridades brasileiras.
O bloco vem insistindo na necessidade de o Brasil adotar uma posição mais crítica sobre a Rússia, depois de o governo Bolsonaro ter evitado, em várias ocasiões, questionar o país.
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