O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , parabenizou nesta terça-feira (4) a deputada de extrema direita Giorgia Meloni por sua vitória nas eleições parlamentares da Itália e disse "estar certo de que poderá contar com uma colaboração frutífera com o próximo governo italiano".
A informação foi divulgada em uma nota do partido Irmãos da Itália (FdI) após um telefonema entre os líderes.
Durante a conversa, Zelensky também "agradeceu o apoio da Itália no que diz respeito ao novo decreto sobre despacho de armas que acaba de ser examinado pelo Comitê Parlamentar para Segurança da República (Copasir) e expressou a esperança de que Meloni possa ir a Kiev o mais rápido possível".
Meloni, por sua vez, agradeceu ao presidente ucraniano as felicitações e lembrou a proximidade de que o FdI e os conservadores europeus demonstraram apoio a Kiev desde o primeiro dia da guerra.
Além disso, a possível futura premiê da Itália "confirmou o seu total apoio à causa da liberdade do povo ucraniano, reiterou que a declaração de anexação de quatro regiões ucranianas pela Federação Russa não tem valor jurídico e político e sublinhou o seu compromisso com todos os esforços diplomáticos úteis para a cessação do conflito".
Os dois ainda ressaltaram a "necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia após a formação do novo governo italiano".
Em uma mensagem no Telegram, Zelensky explicou que a reunião também discutiu "a necessidade de introduzir mais sanções contra a Rússia, em particular reforçando o oitavo pacote de sanções da UE e proibindo os estados da UE de emitirem vistos de turismo a cidadãos russos".
"Obrigado por seu firme apoio à soberania e integridade territorial de nosso estado", concluiu Zelensky.
Biden
Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também ligou para o líder ucraniano, acompanhado de sua vice, Kamala Harris, segundo a Casa Branca.
No telefonema, que teve início às 11h35 (horário local), o democrata se comprometeu com Zelensky para continuar apoiando a Ucrânia contra a agressão russa "pelo tempo que for necessário" e impor sanções contra qualquer país que apoie a anexação do território ucraniano.
Em nota, o governo americano informou que Biden também anunciou a Zelensky o envio de uma nova ajuda militar no valor de US$625 milhões e afirmou a disposição dos Estados Unidos de continuar a "impor altos custos a qualquer indivíduo, entidade ou país que dê apoio à suposta anexação da Rússia".
Além disso, enfatizou que os EUA "nunca reconhecerão como russos" os territórios ucranianos anexados por Moscou e lembrou Zelensky sobre os esforços americanos para "unir o mundo no apoio à Ucrânia na defesa de sua liberdade e democracia, conforme consagrado na Carta das Nações Unidas".
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