Sete meses de Guerra na Ucrânia: relembre os principais acontecimentos

Em sete meses, conflito acendeu alertas de explosões nucleares e resultou numa crise migratória em todo o leste europeu

Contexto

No fim de 2021, Putin enviou uma lista de exigências de segurança à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Uma delas era a garantia de que a Ucrânia nunca fosse uma integrante e que a aliança reduzisse sua presença militar na Europa Oriental e Central. As negociações não progrediram.

Kremlin - 24.08.2022

Fevereiro

Em 21 de fevereiro, Putin reconheceu a independência das repúblicas separatistas de Luhansky e Donestsk, no leste ucraniano. Como consequência, a Rússia sofreu algumas sanções econômicas aplicadas por outros países, como o Reino Unido e os EUA. Com isso, em 24 de fevereiro, Putin autorizou o que chamou de "operação militar especial" na Ucrânia.

Reprodução/Gabinete do presidente da Ucrânia 22.9.2022

Março

Protestos acontecem por toda a Europa. Os bombardeiros russos se estenderam pela região de Kiev, capital ucraniana. A Usina Nuclear de Zaporizhzhya, a maior do continente, também foi bombardeada e acendeu o alerta para uma guerra nuclear. No fim de março, as tropas russas começaram a se concentrar em Donbass, no leste ucraniano.

Loey Felipe/ONU

Abril

No início do mês, são descobertos vários massacres em Bucha, cidade vizinha da capital ucraniana. Mais de 400 corpos foram encontrados pelas ruas. O presidente Zelensky acusou a Rússia de genocídio e crime de guerra. No dia 21, Putin declara vitória no porto de Mariupol, cidade da costa sudeste da Ucrânia.

Reprodução 04.4.2022

Maio

Os ucranianos que estavam na siderúrgica em Mariupol perderam a última batalha contra as tropas russas e cerca de 950 combatentes se renderam. Com isso, a Rússia assume o controle de Azovstal. As Nações Unidas declaram que a Europa sofre uma 'crise de refugiados e alimentar' causada pela guerra.

UNICEF/Aleksei Filippov

Junho

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os países do G7 fizeram várias cúpulas sobre a guerra, enquanto a economia russa era cada vez mais asfixiada pelas sanções econômicas de diversos países. Além disso, em momento histórico, a União Europeia concedeu o status de candidata à Ucrânia.

CC0 Domínio público

Julho

Suécia e Finlândia entraram na OTAN. A população de Donestsk deixou a região e Putin desafiou o Ocidente a enfrentar a Rússia. Começaram os planos de reconstrução da Ucrânia e as autoridades russas denunciaram ataques na região de Kherson.

Divulgação/OTAN - 18.05.2022

Agosto

Continuaram os bombardeios em tanto na Rússia quanto na Ucrânia. Os dois países trocaram acusações sobre explosões próximas às usinas nucleares. Porta-voz da defesa russa acusou os EUA de envolvimento direto na guerra. A Universidade de Mykolaiv foi atingida por mísseis russos. Ucrânia e Turquia assinaram acordo para reconstrução no pós-guerra. No dia 24 de agosto, a Ucrânia comemorou sua independência.

Reprodução/Twitter - 03.04.2022

Setembro

Continuam as ofensivas em Zaporizhzhia. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi até a central para averiguar a situação, que chamou de ‘insustentável’, e a ONU pediu a criação de uma zona de segurança na usina, que foi completamente desligada. É encontrada uma ‘câmara de tortura’ em Kharkiv. Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, sofre acidente de carro. Rússia convoca reservistas para a guerra.

Pres Ucrânia / Fotos Públicas

A guerra em números

Segundo o último relatório da ACNUR, há aproximadamente 7 milhões de refugiados da Ucrânia registrados em toda a Europa. Quanto aos civis mortos, as Nações Unidas estimam um número entre 7.500 e 8.000. O número de combatentes mortos - de ambos os países - ainda não foi confirmado pela ONU, que considera os relatórios tanto da Ucrânia quanto da Rússia fontes não confiáveis de informações.

Reprodução/Twitter%3A %40Refugees - 19.04.2022