Argentina: Kirchner ressalta solidariedade do papa após ataque

Vice-presidente argentina falou em público pela primeira vez desde tentativa de homicídio sofrida no dia 1° de setembro

Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina
Foto: Reprodução/Twitter
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner , voltou a falar em público pela primeira vez após a tentativa de assassinato sofrida no último dia 1º de setembro , em Buenos Aires, e destacou a solidariedade do papa Francisco.

"O papa Francisco me ligou bem cedo no dia seguinte e me disse que os atos de ódio e violência são sempre precedidos de palavras e verbos de ódio", declarou Cristina diante de representantes da Igreja Católica que trabalham nos bairros pobres.

Em publicação divulgada no Twitter, a argentina explicou que sente que está viva "por Deus e pela Virgem".

"Então me pareceu que se eu tinha que agradecer a Deus e à Virgem, deveria fazê-lo cercada de padres dos pobres e de irmãs laicas e religiosas", acrescentou Cristina na reunião na sede do Congresso.

A tentativa de homicídio ocorreu no dia 1º de setembro, enquanto Cristina, 69 anos, cumprimentava apoiadores na entrada de sua casa em Buenos Aires. Na ocasião, o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, 35, chegou a apontar uma arma a poucos centímetros da cabeça da vice-presidente, mas a pistola falhou na hora do disparo.

No dia seguinte, Francisco enviou uma mensagem de solidariedade à Cristina, expressando sua "proximidade neste delicado momento". Ontem (15), a juíza Maria Euenia Capuchetti indiciou formalmente Montiel e sua namorada Brensa Uliarte pelo crime.

A magistrada incluiu no processo a denúncia de de posse de arma “sem a devida autorização legal na qualidade de autoria de receptação, com o conhecimento da procedência ilícita” da arma.

Capuchetti ressalta também no processo que foi Brenda quem adquiriu, em abril deste ano, a pistola semiautomática utilizada no ataque. Além disso, foi registrado que Sabag esteve no local da tentativa do homicídio em agosto.

"Não quero falar desse dia. Quero falar do meu país, do nosso povo, do que se vê e vive nos bairros. Da inflação e das necessidades das pessoas", concluiu Cristina. 

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