Poucos dias antes do funeral da rainha Elizabeth II , os serviços de segurança britânicos já começaram a operação de segurança mais complexa já vista em Londres como preparação para a cerimônia.
O funeral da monarca vai acontecer na próxima segunda-feira (19) e contará com a presença de reis e rainhas, o presidente dos EUA, Joe Biden , o presidente Jair Bolsonaro (PL) e chefes de Estado de todo o mundo, que se reunirão na capital inglesa para prestar as últimas homenagens à rainha .
Nesta quinta-feira (15), o caixão de Elizabeth II está exposto em Westminster Hall e milhares de pessoas fazem filas na capital inglesa para conseguir se despedir da monarca. Hoje mais cedo, a fila em frente ao local chegou a 7 km .
Além de contar com a presença de muitas pessoas, o funeral da rainha será exibido para centenas de milhões de telespectadores ao redor do mundo, fazendo com que a cerimônia se torne um alvo tentador para terroristas.
Isso faz com que a segurança do funeral seja pensada em larga escala. Os serviços de inteligência britânicos Government Communications Headquarters (GCHQ) e Military Intelligence, Section 5 (MI5) estão trabalhando, nos bastidores, com a polícia antiterrorista. A Polícia Metropolitana conta com reforços de todo o país.
De acordo com a BBC , a polícia também está pedindo ajuda do próprio público que estará presente no local, para que denunciem qualquer atitude suspeita. O governo contratou centenas de comissários de empresas de segurança privada para ajudar no gerenciamento das filas.
Cerca de 1.500 militares também foram mobilizados desde a noite de terça (13) para fazer a segurança da sequência de cerimônias, além de um helicóptero militar.
Policiais armados e com binóculos já foram vistos em cima de telhados em Westminster. Agentes treinados observam as filas e centenas de câmeras monitoram os locais considerados mais vulneráveis ou onde há falhas na cobertura.
Cães treinados para farejar explosivos e armas de fogo também passarão periodicamente pela multidão.
Segurança com os chefes de Estado
Os líderes dos países que participarão da cerimônia começarão a chegar em Londres já nesta sexta (16). Entre eles, estão o imperador japonês Naruhito, reis e rainhas da Europa, Tonga e Butão, o Emir do Catar e presidentes e primeiros-ministros de dezenas de países. Os que são considerados perfis de alto risco são Joe Biden e o presidente de Israel, Isaac Herzog. O serviço de segurança de cada um dos países também farão monitoramento.
Os chefes de Estado vão participar de uma recepção com o rei Charles III no Palácio de Buckingham, na noite de domingo (18). E então, na segunda de manhã, eles se reunirão na Abadia de Westminster para o próprio funeral.
Inicialmente, a polícia britânica queria que todos os dignitários usassem o transporte fornecido pelo governo do Reino Unido para viajar até lá, mas os planos foram revisados. Biden, por exemplo, poderá usar seu carro blindado pessoal.
Antes disso, uma grande área ao redor da capela será verificada. Todas as tampas de bueiros serão levantadas, verificadas e seladas, assim como os postes de luz. Qualquer lugar onde um dispositivo explosivo possa ser instalado será analisado. Cães farejadores também farão parte desse processo.
Na manhã do funeral em si, mais policiais ficarão posicionados nos telhados e oficiais com armas de fogo serão colocados em toda a área de segurança, de maneira discreta.
Morte de Elizabeth II
A rainha Elizabeth II morreu na última quinta-feira (08), aos 96 anos, após ter uma piora no estado de saúde, em Balmoral . Monarca com o reinado mais longo da história, ao assumir o trono do Reino Unido por 70 anos , Elizabeth vinha dando sinais de fragilidade nos últimos meses. Charles Philip Arthur George, seu filho mais velho, assumiu o trono britânico após sua morte.
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