A Rússia voltou a negar nesta segunda-feira (12) a retirada de suas tropas militares da central nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, ocupada desde o início de março. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela Tass, a desmilitarização "não está em nossa programação".
A afirmação vem um dia depois dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron, conversarem novamente por telefone para debater as questões de segurança relacionadas à estrutura, que geram grande preocupação na comunidade internacional.
Moscou e Kiev trocam constantes acusações sobre quem realiza os ataques na área da usina de Zaporizhzhia, a maior do tipo em toda a Europa, há semanas.
As ações militares no local e em toda a cidade de Energodar, onde a planta está localizada, fizeram com que os dois reatores que estavam funcionando desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, fossem desligados e passassem apenas pelo processo de resfriamento.
O temor, que foi expressado também em um relatório após uma inspeção técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), é que haja um desastre nuclear - tanto por conta dos mísseis lançados como pela exaustão dos operadores ucranianos que trabalham no local.
Apesar de estar sob controle militar russo há seis meses, todos os funcionários são da Ucrânia.
Por isso, a AIEA exigiu que seja criada "imediatamente" uma zona de proteção para evitar ataques próximos e que as ações militares na área sejam paralisadas - sem citar diretamente nenhum dos dois países.
Mas, a madrugada desta segunda-feira não foi diferente do que ocorreu nas últimas semanas. Diversas explosões foram ouvidas na região, segundo o secretário do conselho da cidade de Zaporizhzhia, Anatolii Kurtiev, informou o portal "Ukrainska Pravda".
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