Chegada em Recife
O casal real desembarcou em Recife às 17h de 2 de novembro. Em uma passagem de apenas duas horas pela capital pernambucana, eles foram recebidos calorosamente pelas autoridades e pelo povo no Palácio do Campo das Princesas.
Ao lado do marido, a monarca visitou seis cidades do país, conheceu figuras emblemáticas de nossa cultura e discursou no Congresso Nacional
O casal real desembarcou em Recife às 17h de 2 de novembro. Em uma passagem de apenas duas horas pela capital pernambucana, eles foram recebidos calorosamente pelas autoridades e pelo povo no Palácio do Campo das Princesas.
Em uma passagem de apenas duas horas pela capital pernambucana, o casal compareceu a uma recepção com políticos, artistas e intelectuais no Palácio do Campo das Princesas. Na foto, a comitiva da Rainha Elizabeth II chegando em Recife, em 1968.
Na sede do governo pernambucano, a monarca e seu marido foram recebidos por grandes figuras brasileiras da época, como o antropólogo Gilberto Freyre. No dia do encontro, Recife sofreu uma queda de energia, o que deixou a passagem da realeza britânica no Brasil ainda mais memorável. Na foto, a comitiva da rainha passeia pelas ruas de Recife.
Após a visita na capital pernambucana, às 18h30, a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip embarcaram no Britannia, o iate real da Marinha Inglesa, e seguiram para Salvador, onde chegaram às 7h do dia 3 de novembro, um domingo. Na foto, os carros com rainha e o príncipe passam ao final da Ladeira da Montanha, pela região da Praça Castro Alves.
Em Salvador, o casal foi recebido pelo governador Luís Viana Filho (1908-1990) no Palácio da Aclamação. O escritor Jorge Amado (1912-2001) e o artista plástico Carybé (1911-1997) compareceram à cerimônia.
Pelas ruas da capital baiana, a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip visitaram diversos pontos históricos e turísticos. Eles foram à Igreja de São Francisco, localizada no Centro Histórico de Salvador e considerada uma dos mais ricas expressões do Barroco brasileiro.
Eles ainda passaram pelo Mercado Modelo, um dos principais pontos turísticos de Salvador, onde o público pode encontrar arte, artesanato e demais objetos que fazem referência à Bahia.
A monarca chegou na capital da República às 12h15 do dia 5 de novembro de 1968, uma terça-feira. Ela foi recebida no Palácio da Alvorada, pelo então presidente Costa e Silva.
A monarca participou de uma sessão solene no Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, Elizabeth II fez um pronunciamento no Congresso Nacional, e foi convidada de honra em um banquete no Palácio Itamaraty. Na foto, a monarca está ao lado com a primeira-dama da cidade, Maria Helena Gomide.
No Congresso, Elizabeth II disse que o parlamento brasileiro enfrentava “problemas de complexidade e grandeza que poucas nações foram chamadas a resolver” e que cabia àquele Poder “a pesada tarefa de criar unidade na diversidade”. A fala da rainha aconteceu dias antes da publicação do Ato Institucional 5 (AI-5), que definiu o período mais duro da ditadura militar no Brasil.
Após a visita à Brasília, a rainha e o Prínciple Phillip viajaram até São Paulo. Na foto, a monarca é recebida pela população paulistana com bandeirinhas e festejos.
Após ser recebida pelo povo e ganhar uma 'cópia' da chave da cidade do prefeito Faria Lima, a rainha colocou uma coroa de flores no Monumento ao Ipiranga, erguido em homenagem ao Dia da Independência do Brasil.
A monarca seguiu para o Terraço Itália, de onde observou São Paulo a 150 metros de altura. No site do Edifício, consta que Elizabeth II estava acompanhada pelo então prefeito Faria Lima e por Roberto Costa de Abreu Sodré. No seu 41º andar, o edifício tem uma placa que relembra a visita ilustre da realeza britânica.
A soberana do Reino Unido também presidiu a cerimônia de inauguração do prédio do Museu de Artes de São Paulo (Masp) na Avenida Paulista. À noite, ela foi a convidada de honra de um banquete de 150 talheres no Palácio Bandeirantes e passou a noite no edifício-sede do governo.
Em Campinas, Elizabeth II visitou a sede do IAC, na Avenida Barão de Itapura, e o viveiro de café na fazenda Santa Elisa. Segundo o IAC, foi o príncipe Philip que demonstrou interesse pelas pesquisas de melhoramento do café. Isso porque o Instituto Agronômico coletou a planta em países africanos que foram colonizados pelo Reino Unido, como a Etiópia, para realizar os estudos.
A rainha também passou pelo Rio de Janeiro. Ela conheceu pontos turísticos como a Praia de Botafogo, o Mirante Dona Marta e o Outeiro da Glória. Ela também circulou em carro aberto pela Avenida Atlântica, em Copacabana, o que atraiu inúmeros cariocas para a beira da praia.
No sábado à noite, a monarca assistiu um espetáculo de artistas da Estação Primeira de Mangueira na Embaixada do Reino Unido, em Botafogo. No domingo, a rainha e o príncipe conheceram o estádio do Maracanã e assistiram a um amistoso entre as equipes do Rio e São Paulo.
Ainda no Maracanã, a rainha e o príncipe tiveram a oportunidade de conhecer outra majestade: o rei do futebol, Pelé. Após o falecimento da monarca nesta quinta (8), o jogador relembrou o dia em que se conheceram e disse ser “um grande admirador” de Elizabeth II.
Com isso, o Rei Charles III, terá uma tarefa dífícil na alteração da imagem da rainha. Veja mais no link.