Ucrânia x Rússia: ofensivas em Kherson geram conflitos de informações

Ministério da Defesa russo chama de "fake news" informação de que ucranianos iniciaram contraofensiva na região

Momento em que prédio em Mykolaiv é atingido por mísseis russos
Foto: Reprodução: redes sociais/montagem IG - 29/03/2022
Momento em que prédio em Mykolaiv é atingido por mísseis russos

O governo da Rússia anunciou nesta segunda-feira (29) que a contraofensiva iniciada pelo Exército da Ucrânia para recuperar o controle das regiões de Kherson e Mykolaiv, área que Moscou conquistou de forma veloz desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, foi rejeitada pelas forças russas e não passa de uma "fake news".

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência Interfax, os soldados do regime de Vladimir Putin infligiram "grandes baixas" ao inimigo. Ao todo, os ucranianos teriam perdido mais de 560 homens, 26 tanques, 23 meios de transporte de militares e dois aviões.
A declaração é dada pouco depois do governo da Ucrânia anunciar que deu início a uma contraofensiva para recuperar o controle de cidades e povoados no sul do país.

Hoje cedo, a porta-voz do Comando Militar do Sul da Ucrânia explicou que o objetivo da missão é retomar principalmente os pontos estratégicos do território ucraniano que estão dominados pelos russos, como Mariupol e Kherson.

No entanto, segundo a Interfax, o líder russo na Crimeia, Serghei Aksyonov, disse que o anúncio da contraofensiva do Exército de Kiev na região de Kherson é uma "notícia falsa da propaganda ucraniana".

Aksyonov informou que os ucranianos estão sofrendo "perdas extremas no sul e em todos os outros setores, mas devem mostrar as atividades aos seus países ocidentais mestres".

O início de uma operação feita pelo governo de Volodymyr Zelensky também foi negado pelo vice-governador pró-Rússia de Kherson, Kirill Stremousov, segundo o qual houve atentados que atingiram "civis". "Ninguém está liberando Kherson. Ninguém está recuando para lugar nenhum", concluiu.

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