O governo do Paquistão informou nesta sexta-feira (26) que o país vive "uma crise humanitária de proporções épicas" por conta das fortes chuvas que atingem a nação desde o início de junho e que já deixaram ao menos 937 mortos. Entre as vítimas fatais, estão 343 crianças e adolescentes.
Por conta disso, decretou o estado de emergência nacional para lidar com os problemas. A época de monções, que geralmente vai de junho a setembro, sempre traz transtornos ao país, mas a situação em 2022 é muito mais grave do que as anteriores.
O premiê Shehbaz Sharif pediu mais ajuda internacional nesta sexta-feira e agradeceu àqueles que estão se mobilizando para auxiliar o país.
"O período de chuvas em curso está causando devastação em todo o país. As perdas, embora ainda não estejam todas documentadas, são comparáveis às inundações que registramos em 2010. Obrigado à comunidade internacional por suas condolências e por atender os pedidos de ajuda. Juntos nós vamos reconstruir melhor", afirmou o chefe de Governo.
As duas regiões mais afetadas são o Baluchistão e Sindh, nas quais Sharif fez visitas oficiais para verificar as operações das instituições nacionais nas áreas.
Além das vítimas e dos desabrigados, o Baluchistão ainda ficou completamente isolado por via férrea do resto do país. Isso porque uma ponte construída ainda pelos britânicos em 1880 caiu nesta quinta-feira (25).
"O serviço ferroviário foi suspenso e só poderá ser retomado com a reconstrução da ponte", informa em nota oficial o responsável pelas ferrovias, que acrescenta porém que há problemas em toda a nação por conta das inundações.
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