Tropas russas bombardearam um conjunto habitacional situado no vilarejo de Pisky, nos arredores de Donetsk, capital ucraniana. Imagens aéreas divulgadas nesta quinta-feira mostram os blocos de apartamentos sendo atingidos pelos mísseis. No local ocorrem intensos confrontos entre a Rússia e a Ucrânia desde a semana passada.
Os vídeos mostram um total de 19 explosões. Algumas delas fazem surgir um "flash" na proximidade do impacto e também efeitos residuais nos arredores.
As imagens dos bombardeiros foram checadas pela rede de televisão britânica SkyNews. De acordo com a emissora, um especialista em armas afirmou que os militares russos podem ter usado bombas termobáricas.
Russians just boastngly posted this, showing Russian strikes with thermobaruc weaponry on apartment blocks in Pisky.
— Jay in Kyiv (@JayinKyiv) August 11, 2022
The last 2/3 of video is crazy. pic.twitter.com/stKvn4faII
Utilizadas em espaços urbanos, essas armas, também chamadas de bombas a vácuo, têm um potencial maior de causar mortes de civis.
O efeito destrutivo do explosivo é potencializado através de um mecanismo que permite a bomba capturar o oxigênio ao redor do artefato. Como resultado, têm-se explosões mais fortes, com temperaturas mais elevadas e que causam uma maior onda de choque.
A detonação desses artefatos acontece em duas etapas. Na primeira delas, uma explosão convencional leva ao rompimento de um recipiente que carrega um aerossol. A substância se dispersa no ar, como uma nuvem, com componentes de combustível e metal.
Em seguida, uma outra carga explosiva é detonada e transforma o gás em uma bola de fogo. O oxigênio da área no entorno é queimado e produz-se uma onda de choque mais destrutiva, com pressões e temperaturas extremas.
Apesar do uso desse tipo de armamento ser amplamente condenado por organizações de Direitos Humanos, bombas termobáricas não são proibidas pelo Direito Internacional.
* Com informações de agências internacionais
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