Reino Unido: Rishi Sunak lidera a disputa pela sucessão de Johnson

Na segunda votação das eleições para novo líder do Partido Conservador, realizada nesta quinta-feira (14), Sunak obteve 101 votos entre os deputados "tories"

Rishi Sunak
Foto: Reproducao: Facebook
Rishi Sunak

O ex-secretário do Tesouro do Reino Unido Rishi Sunak, de 42 anos, manteve a liderança na disputa pela sucessão do primeiro-ministro Boris Johnson, que agora está reduzida a cinco candidatos.

Na segunda votação das eleições para novo líder do Partido Conservador, realizada nesta quinta-feira (14), Sunak obteve 101 votos entre os deputados "tories", 13 a mais que no primeiro escrutínio.

Na sequência aparecem a ex-secretária de Defesa Penny Mordaunt, com 83 (+16); a secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, com 64 (+14); a ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch, com 49 (+9); e o deputado Tom Tugendhat, com 32 (-5).

Já advogada-geral Suella Braverman ficou em último lugar, com 27 votos, cinco a menos que na quarta-feira (13), e acabou eliminada da disputa.

Nascido em Southampton, mas de origem indiana, Sunak deflagrou a onda de renúncias que levaria à queda de Johnson e tem como principal plataforma a responsabilidade fiscal, apesar de ter alocado centenas de bilhões de libras em pacotes de ajuda durante a pandemia.

Milionário graças a seu passado como executivo de fundos de investimento, o ex-chanceler do Tesouro também é apoiador de primeira hora do Brexit e foi alvo de questionamentos por conta um escândalo fiscal envolvendo sua esposa, Akshata Murty.

A terceira votação entre os deputados "tories" acontece na próxima segunda-feira (18), e novamente o candidato com menos votos será eliminado. Esse sistema permanecerá até que restem apenas dois, que disputarão uma eleição entre todos os filiados do Partido Conservador.

Como a legenda tem maioria na Câmara dos Comuns, o vencedor da corrida eleitoral será automaticamente indicado ao cargo de primeiro-ministro, provavelmente em 5 de setembro, no fim das férias de verão do Parlamento.

Johnson abdicou da liderança do Partido Conservador após uma série de renúncias em seu gabinete por conta de um escândalo sexual protagonizado por um de seus aliados mais próximos, o deputado Chris Pincher.

Antes disso, no entanto, a popularidade do premiê já havia sido abalada pelo "Partygate", escândalo da participação de membros do governo britânico, incluindo o próprio Johnson e Sunak, em confraternizações durante períodos de lockdown.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.