Uzbequistão: manifestações terminam com ao menos 18 mortos

Protestos realizados no final de semana, que também deixaram 253 pessoas feridas, eram contrários a uma mudança na Constituição do país

Protestos no Uzbequistão terminam com mais de 18 mortos no final de semana
Foto: Reprodução
Protestos no Uzbequistão terminam com mais de 18 mortos no final de semana

Uma série de protestos populares em Nukus, no Uzbequistão, terminou com ao menos 18 mortes e 243 pessoas feridas durante o fim de semana, confirmou o governo do país nesta segunda-feira (4).

Os atos eram contrários a uma mudança na Constituição do país que iria retirar poderes da região autônoma do Caracalpaquistão, no noroeste uzbeque, e que está sendo debatida no Parlamento.

O presidente Shavkat Mirziyayev informou ainda que há vítimas tanto entre os membros das forças de segurança como entre os civis, sem precisar as quantidades. No entanto, há poucas imagens dos confrontos porque o governo do país cortou o sinal de emissoras de comunicação na região, uma das mais pobres.

Nesta segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, telefonou para Mirziyayev para "reforçar o compromisso da UE em aprofundar a cooperação com o país" e também "questionou sobre os últimos desenvolvimento em Caracalpaquistão.


Pouco depois do telefonema, um porta-voz da União Europeia informou que houve um pedido formal para que seja feita uma "investigação aberta e independente sobre os eventos violentos" registrados em Nukus.

"Lamentamos profundamente as vítimas e a perda de vidas humanas e continuamos a seguir o caso de perto. Reconhecemos as medidas tomadas pelo presidente Mirziyayev para responder rapidamente às preocupações da opinião pública sobre as emendas constitucionais propostas. Convidamos todas as partes a dar prova de moderação em suas ações para evitar uma escala ou qualquer violência", afirmou ainda.

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