Câmara dos Estados Unidos aprova lei sobre controle de armas no país

Projeto de lei bipartidário aumenta controle na venda de armas de fogo, especialmente para menores de 21 anos

Homens negros e moradores de comunidades pobres são as principais vítimas da violência por armas de fogo nos EUA
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Homens negros e moradores de comunidades pobres são as principais vítimas da violência por armas de fogo nos EUA

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (24) um projeto de lei bipartidário para aumentar o controle na venda de armas de fogo, especialmente para menores de 21 anos, no país.

A medida, já aprovada pelo Senado, recebeu 234 votos favoráveis e 193 contrários e segue para ser sancionada pelo presidente americano, Joe Biden. Ao todo, 14 republicanos apoiaram o projeto, apesar da pressão para se oporem.

A iniciativa prevê um aumento nos fundos de segurança para escolas e universidades do país e investimentos e recursos para ações em prol da saúde mental, além de incentivos para expandir a verificação de antecedentes para compradores de armas de 18 a 21 anos.

"Esta legislação bipartidária ajudará a proteger os americanos", disse Biden em comunicado na noite de quinta-feira (23). "As crianças nas escolas e comunidades estarão mais seguras por causa disso".

O projeto de lei também fecha a "brecha do namorado" que proíbe parceiros de namoro condenados por abuso doméstico de comprar armas. No entanto, uma pessoa condenada por uma contravenção pode ser autorizada a comprar uma arma novamente após cinco anos.

O pacote representa uma nova legislação federal mais significativa para lidar com a violência armada desde a proibição expirada sobre armas de assalto em 1994 - embora não proíba qualquer arma e fique muito aquém do que os democratas e as pesquisas mostram que a maioria dos americanos deseja ver.

A pressão para uma maior regulamentação na venda de armas de fogo aumentou nos EUA após o último massacre em uma escola do país. No dia 24 de maio, 21 pessoas - sendo 19 crianças e dois adultos - foram assassinadas por Salvador Ramos, 18 anos, em um colégio primário de Uvalde, no Texas.

Desde então, entidades, celebridades e políticos democratas voltaram a protestar contra a facilidade para adquirir qualquer tipo de arma de fogo nos Estados Unidos.

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