UE diz que Rússia é responsável por provocar crise alimentar global

Líderes do bloco pediram desbloqueio dos portos no Mar Negro

Bandeiras da União Europeia
Foto: Reprodução/Flickr
Bandeiras da União Europeia

Os líderes dos 27 países da  União Europeia (UE) concordaram nesta quinta-feira (23) que a Rússia "é a única responsável" pela escassez de alimentos em todo o mundo.

"A Rússia, usando os alimentos como arma em sua guerra contra a Ucrânia, é a única responsável pela crise global de segurança alimentar que tem provocado", diz o comunicado final do encontro em Bruxelas.

O Conselho Europeu apelou para Moscou parar imediatamente de atacar instalações agrícolas e desbloquear os portos no Mar Negro, especialmente o de Odessa, de modo a permitir a exportação de cereais e as operações de navegação comercial.

Em nota, os líderes do bloco reforçam também o apoio aos esforços do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para tentar combater a crise alimentar.

Durante a reunião desta tarde, na qual a Ucrânia recebeu o status de candidata ao bloco, a UE explicou que continua "fortemente empenhada em fornecer mais apoio militar para ajudar" os ucranianos a exercerem "o seu direito intrínseco de autodefesa contra a agressão russa e defender a sua integridade territorial e soberania".

Segundo o documento, o Conselho trabalhará rapidamente para aumentar ainda mais o apoio militar. Nos rascunhos iniciais, inclusive, estava prevista a possibilidade de uma nova parcela de financiamento militar a ser dada a Kiev através do Mecanismo Europeu de Paz.

No entanto, a referência ao fundo de 5,7 bilhões de euros foi desconsiderada, porque, segundo fontes europeias, não haveria consenso unânime sobre qual instrumento usar para enviar mais armas à Ucrânia.

Por fim, o Conselho Europeu condenou "veementemente os ataques indiscriminados da Rússia contra civis e infraestruturas e pediu para Moscou "retirar imediata e incondicionalmente todas as suas tropas e equipamento militar de todo o território da Ucrânia dentro das suas próprias fronteiras internacionalmente reconhecidas". 

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